Gancho de Pesca de 23 mil Anos no Japão
22 de setembro de 2016
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais e Notícias | Tags: gancho de pesca de 23 mil anos, localizado em Okinawa, o mais antigo do mundo, pesquisas arqueológicas no Japão
As pesquisas arqueológicas estão se multiplicando no Japão, que conta com muitos sítios, e descobertas importantes são efetuadas.
Os mais antigos ganchos de pesca do mundo localizados em Okinawa nos sítios de pesquisa arqueológica, segundo foto publicada no The Asahi Shimbun
O Japão conta com inúmeros sítios arqueológicos e muitas pesquisas estão sendo efetuadas e neste da Caverna de Sakitani, em Nanjo, na Província de Okinawa, foram localizados os ganchos produzidos a partir de concha e destinados à pesca de cerca de 1,40 cm, com 23 mil anos de idade, datação conseguida com o uso do carbono. A descoberta foi publicada no Proceedings of the National Academy of Sciences, revista científica dos Estados Unidos.
Estas descobertas derrubam a teoria que seres humanos da Idade da Pedra não poderiam sobreviver por muito tempo em ilhas mais ao sul do Japão, com as limitações das alimentações da flora e fauna proporcionadas pelas pequenas florestas. A descoberta foi anunciada pelo governo de Okinawa e o Art Museum de Naha.
As escavações começaram em 2009, descobrindo-se camadas de conchas e outros restos de criaturas do mar, aparentemente depositados a partir de 35 mil a 13 mil anos passados. Havia sinais de aquecimentos sobre o fogo para consumo humano.
Caverna Sakitari onde foram encontrados variados materiais, com Masaki Fujita, curador chefe do Museu do governo de Okinawa
Descobriu-se nesta caverna pré-histórica uma grande quantidade de restos de produtos do mar e também o esqueleto de uma criança com cerca de 23 mil anos, a cerca de um metro de profundidade, mostrando que seres humanos a habitaram por muito tempo. As pesquisas contaram com a ajuda do National Museum of Nature and Science da Universidade de Tokyo.
Como existem muitos sítios arqueológicos espalhados pelo Japão e há equipes de especialistas, as pesquisas deste tipo devem continuar intensas, esclarecendo muitos aspectos controvertidos sobre a ocupação humana na região daquele país.