Alta Volatilidade na Economia Chinesa Cria Bilionários
3 de novembro de 2016
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia e Política, Editoriais e Notícias | Tags: a alta volatilidade da economia chinesa, dificuldades mesmo para economias ainda de comando muito centralizado, oportunidades para a formação rápida de grandes fortunas
Todos sabem que os chineses possuem uma cultura empresarial de alta agressividade, aproveitando as oportunidades para formar grandes fortunas, mesmo numa economia ainda muito centralizada nas ações do governo, que não consegue uma solução com razoável equilíbrio.
Gráficos constantes de um artigo publicado no The Wall Street Journal que mostra a elevada volatilidade da economia chinesa
As economias de mercado, onde milhões de agentes operam de forma isolada procurando obter melhores resultados, infelizmente provoca flutuações que costumam ocorrer em qualquer economia. Na China atual, mesmo com a centralização de sua economia, com fortes ações governamental, também não se consegue minimizar estas flutuações, como descrito num artigo de John Lyons e Shen Hong, publicado no The Wall Street Journal. Isso acaba sendo aproveitado pelos ágeis empresários que acabam acumulando grandes fortunas em curto prazo.
Numa série de pequenas notas, o China Daily destaca os dez jovens empresários chineses bilionários que aproveitaram as oportunidades depois dos anos 1980 para acumular suas fortunas. Começa com Wang Oicheng e sua companheira Wu Yan. Ele é fundador do Hakim Unique, cujo patrimônio está estimado em US$ 3,62 bilhões, de acordo com o relatório do Hurun, Post-80s Generation Self-Made Bilionaires. Segue-se Wang Tao, fundador da SZ DJI Technology, fabricante de drones, com patrimônio estimado em US$ 3,55 bilhões. O terceiro seria Cheng Wei, fundador do Didi Chuxing, com fortuna estimada em US$ 1,92 bilhões.
Wang Qicheng, considerado o primeiro da lista de bilionários chineses O artigo menciona todos os 10 principais desta lista. Esta concentração dos enriquecimentos entre poucos é uma característica que não ocorre somente na China, mas está se repetindo no mundo desenvolvido como emergente, agravando o problema da distribuição de renda. No caso chinês, observa-se que estes novos bilionários exercem atividades variadas, notadamente relacionadas ao emprego de altas tecnologias em diversas áreas. Mesmo em situações recessivas, estão ocorrendo algumas formações de fortunas, como se observa também no Brasil. |