Prêmio Nobel James Heckman e Retorno da Educação Infantil
13 de dezembro de 2016
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais e Notícias | Tags: artigo no The Washington Post, assunto ainda não examinado academicamente, pesquisa sobre os retornos dos investimentos em educação prematura
Um artigo de Emma Brown publicado no The Washington Post informa sobre pesquisa sobre o retorno econômico da educação do nascimento até os cinco anos efetuada pelo prêmio Nobel de Economia James Heckman, cuja conclusão ainda preliminar é que os retornos são positivos.
Prêmio Nobel de Economia James Heckman
O prêmio Nobel James Heckman já tinha concluído com suas pesquisas anteriores que ensinos públicos de alta qualidade para crianças pré-escolares de três a quatro anos eram positivos, o que tinha influenciado as autoridades educacionais. Novas pesquisas efetuadas por ele mostram que os retornos dos investimentos são altos para programas de alta qualidade para cuidar de crianças de baixa renda do nascimento até cinco anos. Eles se formam mais nos cursos superiores, são menos encarcerados do que os mantidos em casa ou envolvidos com programas de baixa qualidade e tem um QI mais elevado e são mais saudáveis durante suas vidas, segundo estudo publicado nesta segunda-feira. Concluiu-se que proporcionam significantes poupanças para a sociedade. As taxas de retorno chegam a 13% ao ano, o que é muito elevado, pois os programas que começam com três anos conseguem retornos de 7% ao ano.
Os programas para crianças de zero a cinco anos, com gastos de US$ 18.500 por ano, mais do que a média gasta por ano nos graus chamados K até 12. Cada dólar investido gera benefícios sociais de US$ 6,30, de acordo com o prêmio Nobel Heckman. Para Heckman, as autoridades podem conseguir boas diferenças começando a educação com oito semanas de vida. Ele acha que as autoridades só pensam nos custos, mas se esquecem dos retornos.
As pesquisas de Heckman foram feitas na Carolina do Norte e começaram em 1970. Dois programas similares, o Carolina Abecedarian e o Carolina Approch to Responsive Education, são dirigidos a crianças afro-americanas de baixa renda que são atendidas desde oito semanas de vida, cinco dias por semana, 50 semanas por ano até a idade de cinco anos.
As crianças destes programas recebem check-up regulares, podendo se detectar problemas rapidamente. Suas mães são sozinhas e trabalham para manter suas rendas. Existem discussões sobre a qualidade dos ensinos, bem como diferenças entre meninos e meninas.
As pesquisas ainda não foram submetidas às críticas usuais de especialistas como costuma ocorrer nas revistas científicas. Elas receberam recursos do Buffett Early Childhood Fund, do Pritzker Chindren’s Initiative, do Robert Wood Johnson Foundation, do Leonrd D.Schaeffer Center for Health Policy and Economics, do National Institutes of Health, do Hymen Milgrom Supporting Organization, do Institute for New Economic Thinking e do American Bar Foundation.