Análise do The Economist Sobre os Empresários e o Trump
27 de janeiro de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia e Política, Editoriais e Notícias | Tags: conversas depois das câmeras desligadas, muitos grandes empresários estão mudando de posição com relação ao Donald Trump, o comportamento da bolsa, os estímulos fiscais
Muitos grandes empresários norte-americanos, até os que tinham criticado Donald Trump na campanha eleitoral, estão mudando de posições, tanto pelo comportamento da bolsa, nomeação de muitos como secretários, como as conversas francas depois de desligadas as câmeras, que oferecem apoio para expansão dos seus negócios.
Charge publicada pela revista The Economist na matéria que se refere às posições atuais dos grandes empresários com o governo Donald Trump, que vale a pena ser lida na sua íntegra
Ainda que muitos grandes empresários norte-americanos tenham criticado os pronunciamentos de Donald Trump durante a campanha eleitoral, muitos já mudaram de posições com o comportamento das bolsas e as conversas posteriores aos desligamentos das câmeras, quando o novo presidente vem afirmando que eles são fundamentais para a recuperação da economia norte-americana e as condições para suas expansões serão asseguradas.
Todos sabem que parte importante da remuneração destes empresários é decorrente das cotações das ações que estão batendo novos recordes. Muitos grandes empresários foram nomeados secretários do novo governo, que vem prometendo reduções das tributações, inclusive dos lucros que ficaram mantidos no exterior. Os empresários que estavam aterrorizados com os pronunciamentos de Donald Trump na sua campanha eleitoral, ainda que nem tudo seja coerente, vêm oportunidades para expressivos lucros que não se efetivaram durante o governo anterior.
Os contatos pessoais do novo presidente já somam representantes de empresas que somam mais de US$ 5 trilhões coletivamente pelo valor de mercado das suas ações. Somente os que apostaram na Hillary Clinton ficaram com alguns prejuízos. Muitos que tinham planos para absorver outras empresas ou fornecerem para o governo e o Pentágono estão com altas expectativas, o mesmo acontecendo com infraestruturas, como o novo petroduto aprovado.
Nem tudo será possível, pois existem algumas resistências no Congresso, sendo que já pagam poucos impostos. Muitas grandes empresas investiram menos e tiveram que recomprar ações no mercado no passado recente. Também as atitudes com relação ao comércio internacional do novo governo necessitam ser ajustados, ainda que com base nos acordos bilaterais.
Mas muitos empresários estão lendo o livro “The Art of the Deal”, publicado em 1987, que informa que Donald Trump já conversava cedo com os corretores, quando os outros estavam tomando seus breakfast. Mas também devem prestar atenção ao trecho onde ele menciona “I believe in the Power of negative thinking….always go into the deal expecting the worst” (Eu acredito no poder do pensamento negativo….sempre entrar no negócio esperando o pior, tradução livre), adverte o artigo da revista.