Avanços em Algumas Frutas e Legumes

29 de janeiro de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: as pesquisas parecem recuperar os antigos sabores, evitando-se usos exagerados de fertilizantes e defensivos químicos, mas perderam muito do seu sabor, os tomates e morangos tiveram avanços na sua aparência e resistência

Um artigo publicado por Ricardo Bonalume Neto na Folha de São Paulo informa que o tomate teve grande prejuízo no paladar nos últimos 50 anos, apesar do aumento de sua resistência e melhoria de sua aparência, como indica uma matéria constante da revista científica Science.

Os tomates ficaram bonitos, mas perderam o seu sabor

Quem aprecia tanto o tomate como o morango, principalmente no Brasil, observa que eles melhoraram de aparência e resistência, mas o parece mais relevante a perda dos sabores que tinham no passado. Quando estes produtos são consumidos em outros países, como no Japão, observa-se que estas perdas foram insignificantes e estão sendo recuperadas, indicando que no mercado brasileiro estaria havendo um atraso nos usos de algumas tecnologias, dadas as dimensões limitadas e o menor poder aquisitivo do mercado.

Muitos morangos ficaram bonitos, mas perderam o sabor

De outro lado, sabe-se que estão ocorrendo avanços significativos na redução de fertilizantes e defensivos químicos, com o uso de novas técnicas de plantio. No caso do morango, por exemplo, utilizam-se hoje plásticos pretos no seu plantio o que aumenta a insolação, ao mesmo tempo em que as plantas ficam em pequenos buracos, a fim de evitar danos de impurezas nos frutos. No caso do tomate, existem grandes produções de plantas hidropônicas em vinil house em alguns países, que procuram evitar as dificuldades climáticas, notadamente onde o clima mais frio não permite a sua produção natural ao longo do ano.

Se existe um campo do conhecimento humano que vem se acelerando nas últimas décadas é a da genética para estas plantas, que procura aproveitar as características de algumas variedades para se conseguir produções eficientes dos produtos com as qualidades que se deseja. Há, portanto, uma fundamentada expectativa que produtos de melhor qualidade possam estar disponíveis em todos os mercados no futuro próximo, até nos que têm dimensões menores e poder aquisitivo mais modesto.