Setor Rural Brasileiro Continua em Alta
3 de janeiro de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia | Tags: compra de equipamentos, crédito rural em alta, melhoria tecnológica, poderia contar com suporte cambial
Informação de Fernando Lopes, constante do site do Valor Econômico, mostra que o setor rural brasileiro continua se comportando de forma positiva, o que poderia ser mais bem aproveitado por uma política cambial mais positiva, visando a ampliação do emprego e impulsionando outros setores da economia brasileira.
Produção agrícola brasileira continua com perspectivas positivas
O artigo publicado no site do Valor Econômico informa que para a safra 2016/2017 o volume de crédito rural liberado para investimentos tinha crescido 5,3% em relação à safra anterior, puxado pelo Moderfrota destinado à aquisição de máquinas, o que é confirmado pela ANFAVEA – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, esperando-se ainda neste início de 2017 os destinados às colhedeiras.
Os mercados de sementes e fertilizantes também mostravam uma reação detectada pela ANDA – Associação Nacional para Difusão de Adubos. Os indicadores das inovações tecnológicas pelo 1º Censo AgrTech Startups Brasil, realizado pela Esalq/USP e pelo AgTech Garage de Piracicaba, apontou 76 iniciativas, quando em 2011 era somente nove, segundo o artigo.
Na realidade, quando o resto da economia brasileira não mostra sinais de recuperação mais positiva, a política cambial que influi de forma direta na remuneração do setor rural poderia ser mais agressiva na desvalorização cambial, para manter este setor entusiasmado. Isto contribuiria de forma significativa para as atividades agroindustriais como de agrosserviços, ajudando a criar empregos tão necessários neste momento para a economia e a política brasileira.
O Banco Central do Brasil vem mantendo o câmbio valorizado diante do fluxo financeiro e saldo da balança comercial que apresenta uma importação bastante contida. Isto ajuda na acentuada queda da inflação, que ainda não está acompanhada da redução dos juros, quando o problema brasileiro, no momento, é de recuperação dos investimentos e do emprego.
Mesmo com o aumento da reserva internacional, os benefícios que seriam proporcionados ao conjunto da economia brasileira podendo apresentar significativas vantagens no balanço geral com os eventuais custos, entusiasmando os exportadores, melhorando a situação da indústria e ampliando o nível de emprego. Parece evidente, mas as autoridades econômicas aparentam mais preocupadas com a manutenção dos privilégios do setor financeiro, que continua mantendo uma elevada rentabilidade à custa do resto da economia.