Descobertas Reservas Gigantes de Gás no Mediterrâneo
6 de fevereiro de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: abastecimento da Europa e parte norte da África, mudanças das dependências dos fornecimentos russos e noruegueses, problemas políticos e técnicos para a exportação
O Mediterrâneo na sua parte Oeste de alguns anos passados é totalmente diferente da atual, pois plataformas já estão se multiplicando na área para preparar a exploração do gás, que está sendo estimada ser maior que dos Estados Unidos.
Mapa constante do artigo publicado no artigo de David Wainer no site da Bloomberg
No mar de incertezas que inunda o mundo atual, sempre é possível encontrar notícias mais animadoras, como os avanços ocorrendo no Mediterrâneo com as descobertas de reservas gigantescas de gás, estimadas como superiores a que os Estados Unidos contam atualmente. Uma parte pertence a Israel, outra a Chipre e o restante ao Egito. Mas a topografia da região apresenta problemas técnicos e as passagens dos gasodutos pelas áreas geram problemas políticos que não podem ser subestimados.
Todos sabem que a Europa está sendo abastecida pela Rússia e pela Noruega, principalmente, e estas reservas devem alterar sensivelmente o panorama.
Gráfico da distribuição dos gases da Rússia e da Noruega, publicado no artigo do site da Bloomberg
Haveria mudanças substanciais tanto na Rússia, Noruega como no Oriente Médio, que fornecem gás para a Europa, quanto nos mercados fornecedores. Os problemas de sustentabilidade não devem ser os mais complexos, mas deverão exigir cuidados para a sua exploração, mesmo sendo menores que do petróleo. Informa-se que esta parte do Mediterrâneo é acidentada no fundo mar, exigindo soluções técnicas que já estão sendo equacionadas, mas as passagens dos gasodutos devem gerar problemas políticos, além do trânsito de muitas plataformas e navios de abastecimento. Como todos sabem, as dificuldades na região e áreas limítrofes do ponto de vista político são imensas.
Mas, de qualquer forma, o problema do aquecimento da Europa no inverno parece apresentar melhores perspectivas, reduzindo a dependência do fornecimento, principalmente dos russos. Também os custos de gás natural devem melhorar em todo o mundo.