Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

The Economist Explica que a Disputa Espacial Está na Ásia

22 de fevereiro de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia e Política, Editoriais e Notícias | Tags: a China se prepara para a escolha dos astronautas que devem tentar chegar a Marte em 2020, logo depois da Índia lançar com sucesso um foguete para colocar 104 satélites em órbita, os Estados Unidos parecem ter ficado para trás

clip_image002Dois artigos recentes publicado no site do The Economist parecem os dois lados de uma mesma moeda, na medida em que um trata do protesto dos cientistas ao abandono da ciência pelos Estados Unidos e outro da corrida espacial que se trava atualmente entre a China e a Índia, com os Estados Unidos tendo ficado para trás.

Ilustração do artigo do The Economist sobre o pouso em Marte

O artigo na revista inglesa The Economist explica que a pressa da China em escolher a equipe de astronautas entre 35.900 inscritos para tentar chegar a Marte em 2020 deve-se ao sucesso do lançamento do foguete da Índia com 104 satélites, mostrando que a atual competição é entre os asiáticos, tendo os Estados Unidos se atrasado nesta competição. O anúncio dos escolhidos deve ser em 24 de abril próximo, Dia do Espaço.

Chegar a Marte com uma tripulação seria um marco do processo que se acelerou depois de Deng Xiaoping na década dos anos 1980, mas que só se tornaria uma realidade uma década depois. Os chineses entenderam que deveriam contar com todos os recursos próprios indispensáveis, não dependendo de outros países. Eles já enfrentaram suas dificuldades como também os russos e o propósito de Xi Jinping só será completado chegando em 2030 naquele planeta.

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Os cientistas norte-americanos defendem o desenvolvimento da ciência em contraposição à orientação atual de Donald Trump, segundo foto na internet

Este site vem insistindo que as revistas científicas como a Nature e a Science destacam o atraso dos Estados Unidos com a desastrada política de Barack Obama e os cientistas que estão trabalhando naquele país sabem da necessidade de provocar uma mudança significativa, apesar de Donald Trump. Outros problemas além da corrida espacial, como a preservação do meio ambiente, uso de combustíveis poluentes, mostram o quanto os Estados Unidos ficaram atrasados nas pesquisas. Como enfatizado no artigo do The Economist.

Ainda que o Brasil não esteja neste bloco de países de ponta em ciências, o abandono a que está submetido com políticos sem nenhuma visão trabalhando somente pelos seus interesses de curto prazo mostram os elevados custos do atraso a que está se submetendo. Infelizmente, o mundo não para esperar pelos países como o Brasil.

Lamentavelmente, a corrida espacial vem sendo a locomotiva que traz atrás de si um conjunto amplo de desenvolvimento como dos computadores, aplicações na medicina, nas atividades produtivas agrícolas e industriais e todos os conhecimentos que propiciam eficiência para os trabalhos humanos. Parece indispensável que a população adquira consciência de todos os custos que estão ocorrendo com a miopia dos seus dirigentes.