Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Notícias Positivas do Setor de Gastronomia no Brasil

16 de março de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias | Tags: ainda que pareçam banais as notícias constantes do Paladar são animadoras, aproveitamento da biodiversidade brasileira na culinária, pesquisas de ponta sobre o cacau brasileiro

Ainda que muitos possam pensar que são avanços banais, é preciso se ter consciência de que a alimentação é uma das atividades mais importantes dos seres humanos, mesmo com um avanço lento no Brasil.

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Fotos que ilustram matéria sobre o aperfeiçoamento do cacau no suplemento Paladar do jornal Estadão

Sabe-se que o cacau é originário da Amazônia e veio se aperfeiçoando desde a época pré-colombianas, mas o Brasil sempre enfrentou algumas pragas que não permitiram o seu melhor aproveitamento até a produção de chocolates de alta qualidade, mesmo quando sua exploração passou para a região da Bahia. Já contribuí pessoalmente como autoridade brasileira junto a CEPLAC – Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira, o que me proporcionou alguns conhecimentos de suas dificuldades, quando deveríamos estar entre os importantes produtores de chocolate de alta qualidade.

Agora informa-se que foi inaugurado o Centro de Inovação do Cacau em Ilhéus, na Bahia, com a tentativa de se utilizar conhecimentos tecnológicos de ponta para recuperar o atraso desta atividade no Brasil. Além da produção do próprio cacau, existem outras fases no seu tratamento para se chegar a um chocolate de qualidade destacada. Já existem empresas privadas brasileiras empenhadas na melhora do chocolate brasileiro, visando o mercado internacional. Espera-se que existam avanços significativos com mais esta importante iniciativa, como está numa matéria de Ana Paula Boni, publicada o suplemento Paladar do Estadão.

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Ilustrações publicadas no suplemento Paladar do Estadão

Também se noticia no mesmo suplemento que estão sendo efetuados esforços adicionais para o aproveitamento da biodiversidade brasileira, como o caso do cogumelo amazônico raphanica, que já é de conhecimento de especialistas, mas não se conta com volume suficiente para aproveitamentos nos importantes restaurantes do Brasil e até internacionais. Mas, além do conhecido Alex Atala, Felipe Schaeder, de Manaus, vem se destacando na apresentação de pratos que aproveitam estes cogumelos que podem ganhar escala e importância. São iniciativas que devem ser aplaudidas pelo esforço de aproveitamento adicional da biodiversidade, notadamente da Amazônia, que apresenta infinitas possibilidades, para alegria dos consumidores brasileiros amantes de uma boa gastronomia.