Política Chinesa Para 2017
7 de março de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia e Política, Editoriais e Notícias | Tags: fala do primeiro-ministro Li Keqiang no Congresso Nacional do Povo de 2017, fortalecimento da segurança, fortalecimento do comando de Xi Jinping, mais pesquisa e desenvolvimento
Todos sabem que Xi Jinping continua se fortalecendo no comando da China, procurando se a igualar a Mao e a Deng, ao mesmo tempo que o país aumenta os seus investimentos na defesa e na pesquisa e desenvolvimento de tecnologias de ponta.
O primeiro-ministro Li Keqiang fala no National People’s Congress de 2017, citando com ênfase o presidente Xi Jinping, ao mesmo tempo em que anuncia um programa duro aumentando os gastos de defesa e das pesquisas e desenvolvimento
Um artigo de Oki Nagai, do Nikkei Asian Review, informa sobre a determinação do governo chinês para a adoção de uma política dura do ponto de vista externo como interno para enfrentar a situação criada pelo nacionalismo populista do novo governo dos Estados Unidos, bem como o Brexit que está separando o Reino Unido da Comunidade Europeia. As tensões internacionais estão se intensificando, aumentando a possibilidade de um conflito entre o Ocidente que está se desorganizando e a China que se tornou o seu polo dialético.
Tanto os Estados Unidos como a China estão aumentando os seus orçamentos para a defesa de forma expressiva, chegando ao caso chinês a um aumento de 7% com relação ao ano anterior, atingindo US$ 145 bilhões pela primeira vez. O PIB chinês deve crescer 6,5% e se possível um pouco mais.
Também se contrapondo aos Estados Unidos, a China estimula o comércio internacional pela aceleração das negociações do RCEP – Regional Comprehensive Economic Partnership que não inclui os Estados Unidos, mas era um projeto que tinha o apoio de Barack Obama e visa a criação de uma área de livre comércio na Ásia-Pacifico. O premiê chinês afirmou categoricamente que a China cumpre o que promete.
Também a China deixa claro que é contrária à separação de Taiwan, conseguindo um pronunciamento favorável de Donald Trump. De forma semelhante, incluiu-se uma declaração que a possibilidade de independência de Hong Kong não existe.