Aperfeiçoamentos na Agricultura Asiática
25 de maio de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: computações para informações, envelhecimento dos agricultores, outros avanços, uso de robô
Um evento chamado Agritech Summit em Tóquio, promovido pelo grupo Nikkei, está disseminando informações para superar as limitações dos agricultores que estão diminuindo em número na Ásia, ao mesmo tempo em que eles estão avançando em idade.
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O evento chamado Agritech Summit, realizado em Tóquio sob o patrocínio do grupo Nikkei, está procurando disseminar informações para que os agricultores asiáticos tenham como enfrentar a falta de recursos humanos ao mesmo tempo em que avançam nas suas idades. Estão informando sobre o uso da robótica e da análise dos dados para eficiência da agricultura asiática, mesmo nos países emergentes da região.
Noburu Noguchi, da Universidade de Hokkaido, apresentou um trator autodirigido por satélite, automatizando desde o plantio do arroz, espalhar pesticidas e colher, dentro de uma margem de erro de somente cinco centímetros nos espaços onde estão trabalhando.
No Japão, a força de trabalho vem caindo 8% ao ano na agricultura, estando abaixo de 2 milhões de pessoas, com uma idade média de 67 anos. Este não é um problema somente do Japão, mas também ocorre na Malásia, Coreia do Sul e Taiwan, projetando para 2020 os tratores robôs.
O mesmo tipo de orientação está ocorrendo com empresas de outras partes do mundo, como a Soft Robótica de Boston, USA. Um dos problemas é a colheita de frutas para as quais não existem mais trabalhadores e está se desenvolvendo algo parecido com o polvo, não permitindo que as frutas não sejam estragadas quando apanhadas. O problema destes robôs é que ainda não distinguem as imagens sobrepostas, o que está sendo ajudado pelas observações a distância por seres humanos.
Isto está ocorrendo também com os tomates ou as videiras que apresentam frutos sobrepostos nas imagens, o que pode já ocorrer sem que eles sejam machucados. Também as informações financeiras estão sendo processadas de forma que sejam compreensíveis por simples agricultores, para que permitam cálculos sobre os produtos que podem apresentar melhores retornos. Existem algumas cooperações entre diferentes empresas de muitos países.
Também as informações sobre os solos, bem como as épocas mais convenientes para os plantios, inclusive horários, estão sendo processadas com as informações do mercado. O que estava disponível para as grandes empresas passam a ajudar pequenos e modestos produtores.
Como eles não sabem como utilizar muitos dados, os bancos que os financiam podem fazer os cálculos adequados para avaliar os seus riscos, o que é repassado de forma simples para os produtores rurais. Cerca de 20 mil produtores já estão cadastrados em Camboja, Vietnã, Bangladesh, Tailândia e Índia. Está se desenvolvendo algo parecido com uma cooperativa virtual. São avanços que podem ajudar estes produtores que podem ser também aplicados no Brasil como a América Latina.