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Divulgação das Distorções nas Aposentadorias

8 de maio de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: dificuldade da imprensa na divulgação das distorções, Estadão coloca o dedo na ferida, insistência deste site

Os meios de comunicação social e analistas que procuram defender o governo enfocam os problemas das aposentadorias de formas distorcidas, evitando que a população tenha a plena consciência do que está sendo discutido. Mas sempre existem exceções louváveis.

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Infográfico publicado no artigo no site do Estadão, que vale a pena ser lido na sua íntegra

Este site vem insistindo que a discussão sobre as mudanças nos sistemas de aposentadorias no Brasil estão fora de foco, com os assustadores déficits provocando a necessidade de mudanças nas aposentadorias de humildes trabalhadores, quando os privilegiados do setor público que agravam o problema continuam merecendo até melhoras nas suas situações, quando são eles e seus deputados os principais responsáveis pelas dificuldades.

A Folha de S.Paulo já divulgou que a quase totalidade privilegiados ganham bem acima dos tetos existentes, aos quais devem se somar também os funcionários das estatais. Agora, Alexa Salomão escreveu para o Estadão sobre os dados importantes que mostram que cerca de 10% dos aposentados funcionários públicos e militares provoca metade dos déficits, quando 90% dos aposentados que vêm do setor privado respondem pela outra metade. Até agora, as discussões no Congresso Nacional só têm acentuado estas discrepâncias, não havendo nenhuma proposta para a redução dos abusos com a ajuda até de decisões no Judiciário.

O governo empenha-se para conseguir a maioria indispensável para o crime que deseja aprofundar. Atribui erroneamente à resistência aos poderosos, que na realidade vem agravando as dificuldades. Esta injustiça que é de conhecimento da parte pequena e mais esclarecida da população alimenta a resistência a estas reformas, pois os congressistas sabem que terão que arcar com estas culpas nas próximas eleições.

Ninguém pode ser posicionar contra as reformas como o da Previdência, se realmente corrigirem as dificuldades. Mas se só agravam as desigualdades de tratamento atual, atribuindo as responsabilidades sobre os aposentados potenciais mais humildes, ainda que não se saiba de todos os detalhes, há sempre uma desconfiança de que existe algo de podre no reino da Dinamarca.

Espera-se que as duras verdades sejam esclarecidas para a população que não pode continuar a ser enganada pelos políticos e pelo governo, de forma que as reformas da previdência sejam aperfeiçoadas para corrigir as verdadeiras distorções.