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Sensíveis Avanços na Produção de Alimentos na China

8 de maio de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: avanços nas pesquisas, economias de energia e água, produção de alimentos saudáveis na China

clip_image002 Os chineses estão conscientes da pouca disponibilidade de terras cultiváveis e água que com o desenvolvimento econômico pelo qual estão passando aumenta sua demanda.

A produção de alface na maior fazenda hidropônica do mundo, localizada em Anxi, província de Fujian, que tem a dimensão de um hectare

Este site vem informando que as autoridades chinesas estão efetuando grandes esforços nas pesquisas visando o aumento da eficiência dos recursos de que dispõem de forma limitada, como terras cultiváveis e água, principalmente para a produção de alimentos indispensáveis para atender a demanda de sua população. A maior planta hidropônica atualmente conhecida ficava em Newark, New Jersey, USA, com 0,64 hectare, que já foi superadA pelos chineses, que pesquisam a economia de energia para estas produções, com o uso de lâmpadas LED.

Este tipo de produção em verdadeiras fábricas verticais procura produzir frutas e legumes de forma hidropônica, em ambiente controlado, sem o uso do solo, sol ou pesticida, usando menos água e fertilizantes quando comparadas com as fazendas convencionais. Elas ainda utilizam muita energia elétrica, ainda que tenham conseguido uma economia de 25% quando comparada com as primeiras fábricas do tipo. Na medida em que o conhecimento dos pontos de maior eficiência, como a intensidade da luz nos períodos críticos, estas economias continuarão melhorando.

Estas tecnologias também podem ser utilizadas em condições extremas como nos porta-aviões, nos desertos e até pelos astronautas nas suas naves. Dispondo de alimentos frescos, podem atender as suas necessidades de vitaminas e fibras, informa o artigo de Zhang Zhihao, publicado no China Daily.

A empresa chinesa que executa este projeto chama-se San’an Sino-Science e está à procura de tecnologia para alimentar os chineses sem poluir ou esgotar os solos e as águas, segundo o seu gerente executivo Zhan Zhuo, que escreveu o artigo sobre o assunto. Atualmente, os chineses usam 160 milhões de hectares de terras para o cultivo de hortaliças, empregam 311 mil toneladas de pesticidas e 59 milhões de fertilizantes por ano, o que vem prejudicando o meio ambiente.

A San’an Sino-Science foi fundada em 2015 em colaboração com a Academia Chinesa de Ciências e já produz 1,5 tonelada de legumes e verduras como alface e repolho por dia. O padrão das condições nesta fábrica-laboratório é rigoroso. Os cientistas levam em consideração a temperatura, a umidade, circulação de ar, luz, dióxido de carbono, nutrientes e outros elementos. Também existem produções para as crianças e os que necessitam de componentes especiais como os pacientes. Todos sabem que a fotossíntese é crucial neste processo. As luzes podem ter diferentes comprimentos na onda da luz, pelo amplo espectro de ultravioleta para infravermelho.

Tudo isto pode parecer coisa de ficção científica para os leigos, mas os especialistas já conhecem parte destas tecnologias que continuarão sendo desenvolvidas nos próximos anos, até atingir uma escala e eficiência econômica comparável com as tecnologias atuais, mas poluentes.