Esperado, Mas Decepcionante
2 de junho de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais e Notícias | Tags: acompanha a Síria e a Nicarágua, Estados Unidos deixam o Acordo de Paris, peso dos Estados Unidos na poluição mundial
Os volumes das circunferências abaixo indicam a sua importância dos países na poluição mundial, sendo os azuis os dos países desenvolvidos e as rosas os dos menos desenvolvidos.
Gráfico apresentado no The Washington Post, mostrando os Estados Unidos ao lado da Síria e da Nicarágua, segundo os dados do seu país, deixando de participar do Acordo de Paris
O presidente Donald Trump, como esperado, anunciou a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris, onde cerca de 190 países acordaram em cooperar para a redução significativa dos lançamentos dos gases poluentes, e os Estados Unidos seriam o segundo seguindo a China, a mais poluente. É um dia triste para a humanidade, pois isto significa também que aquele país está renunciando à liderança mundial, por ser o de maior importância econômica do mundo.
Donald Trump afirma que no acordo que contou com a colaboração de Barack Obama, os Estados Unidos estariam sendo prejudicados, e ele afirma que, mudando as condições estabelecidas nos termos estabelecidos pelos norte-americanos, o seu país poderia fixar suas metas no futuro. Naquele país, os democratas estão em desacordo com ele, mas os republicanos o estão apoiando, mostrando como estão profundamente divididos, não se pensando nos benefícios para o mundo.
Com a saída dos Estados Unidos, talvez alguns outros países o acompanhem, pois muitos estavam contando com recursos provenientes dos norte-americanos para seus programas de redução da poluição. Com esta decisão, há possibilidades de que o aquecimento global que vinha se acentuando tenha continuidade, provocando a elevação do nível dos oceanos, prejudicando as populações que se encontram nos litorais mais baixos, como em Olinda, em Pernambuco, que está sendo invadida pelo mar. Também as irregularidades climáticas que provocam fenômenos como El Niño e La Niña sejam mais frequentes, prejudicando muitas produções agrícolas, inclusive no Brasil.
Não se sabe ainda como os diversos países do mundo reagirão à decisão dos Estados Unidos, havendo possibilidade de outros esforços adicionais para a redução da poluição para compensar a falta de colaboração dos norte-americanos. O mundo está sendo colocado diante de problemas difíceis de serem resolvidos.