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O Difícil Problema da Cracolândia em São Paulo

1 de junho de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias, Saúde | Tags: assistência para os viciados que desejem recuperação, soluções adotadas em outros países, um programa de longo prazo

As intervenções desastradas efetuadas na cracolândia estão mostrando que o problema precisa contar com especialistas, notadamente em saúde e só podem ser minoradas com programas de longo prazo.

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As intervenções desastradas na cracolândia transferiram a presenças dos viciados para diversas regiões da cidade de São Paulo sem resolver os problemas que exigem programas de saúde de longo prazo

Os problemas conhecidos como a Guerra do Ópio, com a qual os ingleses começaram a corromper muitos chineses no século 19 para dominar a China, prolongaram-se até a primeira metade do século 20. Com a posterior participação dos franceses e japoneses que conseguiram a concessão de áreas de Xangai com direitos de extraterritoriedade, como se fossem de seus consulados. Isto só terminou com o fim da Segunda Guerra Mundial e, com suas influências, muitos países asiáticos adotam até hoje um rigoroso sistema que pune com pena de morte os traficantes internacionais, onde alguns brasileiros estão envolvidos nestes processos.

Mais recentemente, com a introdução do crack, uma forma mais barata de consumo das drogas eclodiu enormes problemas em muitos países nas suas grandes cidades que até hoje não estão totalmente revolvidos. Mas as informações, como as que constam de artigos publicados na Folha de S.Paulo, mostram que os casos de sucesso em alguns lugares contaram com eficiente assistência médica que ajudou muitos viciados a se recuperarem, o que demanda muito tempo.

O problema parece exigir um programa persistente de longo prazo e os resultados só podem ser obtidos quando os viciados se convencem que necessitam de assistências médicas para se livrarem de suas dependências químicas. Parece que depois do desastre as autoridades locais estão procurando ajuda de especialistas, restando saber se contarão com recursos técnicos para uma verdadeira solução do problema e não a simples transferência da cracolândia para diversos pontos da cidade.