As Idiossincrasias de Cada Mercado
3 de julho de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: artigo do Financial Times, produtos chineses captam as preferências dos seus consumidores, redução das preferências pelas grifes internacionais
Um artigo publicado no Financial Times foi republicado na Folha de S.Paulo informando que pequenas empresas chinesas estão conseguindo uma maior participação no novo mercado de produtos para a sua classe média, de forma mais eficiente do que as multinacionais com tradição em produtos de maior qualidade.
Produtos chineses estão obtendo mais sucesso junto à classe média chinesa do que as das multinacionais
Um artigo publicado pelo Financial Times e traduzido para o português na Folha de S.Paulo informa que na disputa pelo mercado da nova classe média na China os produtos locais estão conseguindo melhores resultados do que as de empresas multinacionais para aqueles que não são de grifes de luxo.
Envolvem produtos de consumo diário em larga escala, como sucos de frutas de qualidade, produtos de maquilagem, escovas de dente e até papel higiênico de folhas triplas. As empresas locais estão conseguindo concorrer com a Nestlé, Procter & Gamble e a Unilever, por exemplo, em 18 das categorias de produtos entre um total de 26, para os de consumo rápido. Isto mostra o quanto é difícil que empresas multinacionais captem as preferências locais, necessitando de executivos com esta capacidade, o que também ocorre em mercados emergentes como do Brasil.
Na China, este mercado cresceu 3% em 2016, movimentando US$ 190 bilhões. Enquanto as empresas locais cresceram 8% nas suas vendas, as estrangeiras somente 1,5%. As empresas locais estão sendo mais ágeis nos lançamentos de novos produtos, como os de cosmético. As vendas online destes produtos também estão proporcionando vantagens para as empresas locais.
Estes mercados são dinâmicos e muitas alterações se processam rapidamente, tanto que com relação às cervejas as estrangeiras estão conseguindo aumentar a sua participação. Há necessidade de que os executivos percebam rapidamente estas mudanças de forma que as empresas possam se posicionar estrategicamente.