Demanda Interna do Japão Substitui a Exportação

14 de agosto de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: demanda interna substituindo os impulsos das exportações, dificuldades do comércio internacional, fenômeno que está ocorrendo em muitos países

Com a tendência populista nacionalista que está ocorrendo no mundo, muitos países passam a depender o mercado interno para estimular o seu crescimento, como acontece no Japão.

Gráfico publicado no Nikkei Asian Review, mostrando que demanda interna está substituindo o impulso das exportações

Depois de décadas de crescimento da economia mundial com a globalização, mais recentemente, com a disseminação de um populismo nacionalista, há indicações que as demandas internas estão sendo utilizadas para manter o crescimento econômico, como ocorre no Japão. Este tipo de tendência está ocorrendo em diversos países do mundo, mostrando que eles perseguem o crescimento em que pesem as dificuldades de expansão das exportações. Na China, há uma política explicita para tanto, mas todos sabem que se trata de uma tendência momentânea que pode voltar a utilizar o comércio internacional como alavanca principal do crescimento econômico.

Gráfico constante do artigo publicado no Nikkey Asian Review mostrando que no último trimestre houve um crescimento superior ao esperado, devido a contribuição da demanda interna

Os analistas ouvidos pelo jornalista Kentaro Iwamoto, que publicou um artigo sobre o assunto no Nikkey Asian Review, informam que, apesar do crescimento no último trimestre no Japão ser consequência do uso do mercado interno, este fenômeno deve ser temporário, voltando a depender da expansão das exportações. No caso japonês, estes crescimentos são ainda modestos, como ocorrem nos países desenvolvidos, podendo ser mais expressivos nas economias emergentes, longe da estagnação que ocorre no Brasil e na América Latina.

Este crescimento no último trimestre foi de 1% que, anualizado, daria 4% ao ano, mas é muito difícil que as mesmas tendências continuem nos próximos trimestres, pois também a economia dos diversos outros países ainda apresenta flutuações.