Inovações no Hospital Sírio-Libanês

29 de agosto de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Saúde | Tags: atendimento primário outras inovações, o grosso das moléstias mais simples, previsto no The Economist

O CEO do Hospital Sírio-Libanês deu uma entrevista a Beth Koike, que a publicou no Valor Econômico. A instituição concilia o chamado atendimento primário com o antigo médico de família, que possui o histórico dos pacientes, reduzindo substancialmente os custos da saúde.

CEO do Hospital Sírio-Libanês, Paulo Chapchap, concedeu entrevista para o Valor Econômico

Um artigo publicado no The Economist informa que em muitos países pobres o atendimento primário está resolvendo grande número de problemas dos pacientes, chegando a mais de 70% dos casos, ainda que não seja perfeito. Na medida em que ele seja combinado com o antigo médico de família, seus custos se reduzem, como chegou a 27% no ano passado no Sírio Libanês.

Segundo o entrevistado, isto começou a ser aplicado aos funcionários e seus dependentes no próprio Hospital Sírio Libanês e começa a ser estendido também aos funcionários de outras empresas, que podem contar com um pequeno consultório nas suas dependências ou sua proximidade. Isto pode ser melhorado ainda mais com o emprego de equipamentos atualizados que ajudam a realizar os diagnósticos com maior precisão, como já vem sendo feito no exterior.

Como no Brasil ainda se utilizam técnicas tradicionais, notadamente nos chamados Pronto Atendimentos, onde as informações sobre os pacientes não são acompanhadas, sendo que a maioria se trata de moléstias simples que podem ser resolvidas de forma modesta. Os casos mais complexos podem merecer atenções especializadas, mas são mais raros.

Segundo Chapchap, no ano passado o custo mensal por usuário médio dos planos de saúde baixou de R$ 439,88 para R$ 323,43, o que é significativo, superior a 25%. Espera-se que estas técnicas sejam generalizadas no Brasil, mesmo sem a interferência direta do Sírio-Libanês.