Reverência Exagerada na Índia aos Fundadores das Empresas
28 de agosto de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: alguns casos de fundadores estarem atrapalhando na evolução das empresas, artigo no The Economist, diferente do que acontece nos Estados Unidos
Um artigo publicado no The Economist informa que na Índia alguns fundadores das empresas estão merecendo reverência exagerada, atrapalhando o desenvolvimento das mesmas, o que não acontece nos Estados Unidos.
Charge no artigo sobre o assunto no The Economist
Um artigo do The Economist informa que nos Estados Unidos o voto de Bill Gates no conselho da Microsoft tem o mesmo valor dos demais membros, enquanto na Índia muitos dos magnatas que fundaram suas empresas já estão atrapalhando na sua evolução, necessitando ser marginalizados. Mas ainda existe uma reverência exagerada a estas personalidades, chegando a atrapalhar a evolução normal destas empresas que já passaram para um estágio mais avançado e precisa das opiniões de outros diretores mais jovens.
Muitas empresas já não são familiares e dependem dos acionistas, sendo recrutados no mercado. No entanto, as famílias dos fundadores gozam de privilégios e mordomias que não são necessariamente despesas das empresas, havendo uma remuneração adequada para as suas contribuições. Mas na cultura local ainda os bancos também consideram o status dos fundadores concedendo empréstimos e outros privilégios dos quais deveriam estar desobrigados.
Este tipo de tratamento também se observa em diversos países, onde ainda os membros das famílias dos fundadores são considerados de grande importância, contando com possibilidade de continuar em cargos relevantes na administração que deveriam ser impessoais.
Mas já se observam reações para isolar os fundadores de suas empresas com o passar dos anos, considerando que os valores da economia de mercado devem ser observados, ainda que possam existir reservas culturais. Mesmo nas empresas brasileiras, existem as mais atualizadas onde membros das famílias dos fundadores acabam cuidando de aspectos culturais, usando até acervos que tenham sido acumulados ao longo dos anos. O caso da família Moreira Salles é um dos bons exemplos.