Artigo Sobre a Produção de Açaí no Brasil
14 de setembro de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: artigo de Carlos Nobre no Valor Econômico, cuidados a serem tomados, produção da biodiversidade brasileira
Um interessante artigo de Carlos Nobre, membro da Academia Brasileira de Ciências e membro estrangeiro da Academia de Ciências dos Estados Unidos, foi publicado no Valor Econômico com um exemplo das possibilidades de aproveitamento da biodiversidade brasileira.
Produção de açaí no Brasil para o mercado interno e externo
Este site tem insistido na necessidade de aumento da produção de açaí e outros produtos da biodiversidade brasileira que podem gerar empregos e rendas para muitos, principalmente aqueles que vivem de produtos extrativos da Amazônia. As outras prossibilidade de exploração da biodiversidade brasileira, como os produtos do Nordeste e Centro Oeste, também apresentam perspectivas promissoras, mas hoje se conta com menos recursos como da Embrapa para suas pesquisas e aperfeiçoamento nos produtos já industrializados que permitem agregar valores adicionados.
Como a demanda para estes tipos de produtos, tanto no mercado interno como externo, é promissora, não há dúvidas sobre suas potencialidades. Mas é preciso, como em todos os produtos alimentícios saudáveis, que cuidados adicionais sejam tomados, quando se utilizam produções de terceiros. A Cooperativa Agrícola de Tome Açu, no Estado do Pará, é considerada a maior exploradora, mas como sua produção não consegue atender toda a demanda, acaba utilizando também terceiros. Há notícias sobre contaminações provocadas pela presença de barbeiros, transmissor da doença de Chagas, que proliferam nos coqueiros produtores do açaí. O mais danoso e perigoso parece ser as fezes destes insetos que são difíceis de serem separados dos frutos.
Há que se aperfeiçoar as técnicas para o tratamento destes frutos de forma que não ocorram contaminações que podem provocar apreciáveis danos na sua imagens, tanto no Brasil como no exterior, pois na medida em que o mercado destes produtos vão se agigantando, sempre existem critérios mais rigorosos que acabam sendo utilizados por entidades no exterior, que procuram preservar a saúde dos seus consumidores.
Nem sempre estes tipos de pormenores são percebidos pelos que não se dedicam às atividades permanentes e contínuas de seus produtos. Também já se desenvolvem plantações de forma a não depender da atividade meramente extrativa da floresta, bem como associações com produções de ciclos mais curtos, como costuma ocorrer com diversas plantas que exigem um mínimo de prazo para que comecem a produzir de forma interessante para atividades comerciais.