Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Mudanças nas Refeições das Escolas nos EUA

6 de setembro de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais e Notícias | Tags: avanços com dificuldades relacionadas às polarizações políticas, liberdade para as opções dos alunos por alimentos saudáveis, resistências em algumas escolas

clip_image002Todos sabem que muitos jovens norte-americanos estão se tornando obesos com a ingestão de junk foods, havendo necessidade de aperfeiçoamentos nas escolas para alimentações mais saudáveis. Mas um artigo publicado no The New York Times, escrito por Kim Severson, informa que existem resistências inclusive de democratas que se colocam contra o atual governo de Donald Trump, nas poucas coisas positivas que estão sendo tentadas. (Uma criança na escola nos EUA procurando alimentar-se saudavelmente. Foto publicada no The New York Times)

Lamentavelmente, a polarização política em muitas partes do mundo com diversos assuntos dificulta até o aperfeiçoamento nos hábitos alimentares das crianças, havendo democratas que se posicionam contra o governo Donald Trump no pouco que ele tenta melhorar para que as crianças se desenvolvam de forma sadia. As atuais autoridades escolares são a favor da liberdade para os alunos escolherem como desejam se alimentar nas escolas que envolvem 57 mil profissionais de nutrição, fornecendo diariamente mais de 30 milhões de refeições.

Como existem muitas diferenças regionais, entre elas étnicas e religiosas, com preferências para a alimentação sadia, não parece conveniente que seja imposto a todas as crianças o mesmo tipo de alimentação. Todos sabem que muitas destas crianças acabaram se acostumando com junk food que os alimentam na frente das TVs, o que deixa uma parcela dos jovens obesos.

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Campanha para se alimentar com o que desejam, evitando desperdícios

Mas já existem pais nos Estados Unidos que estão educando as crianças nas suas casas para que se alimentem de forma sadia, incluindo vegetais, frutas e leites, que já melhoraram de qualidade evitando problemas que ocorriam no passado. Mas quando vão |às escolas, se não contam com opções, acabam se alimentando com a dieta padrão que nem sempre está atualizada. Muitas pessoas que trabalham nas cozinhas são pouco instruídas e não acompanham as tendências de redução do sal, do açúcar e das gorduras em excesso.

As mudanças destes hábitos são difíceis de ocorrerem, principalmente num país que conta com hábitos diferentes de alimentação, como ocorrem com os asiáticos que estão aumentando nos Estados Unidos, além dos latino-americanos, dos negros e outras minorias. Mas aos poucos as informações estão sendo disseminadas, havendo muitos que evitam produtos alimentares que contenham produtos químicos.

Os descendentes de árabes, entre outros, evitam alguns tipos de carnes, o que também ocorre com os de origem judaica. Com tanta diversidade, parece razoável que se deixe de regulamentar a respeito, deixando por conta das preferências que estas crianças já trouxeram das suas casas para as escolas.

A pressão da sociedade já vem mudando os hábitos alimentares e de bebidas, evitando os açucarados e os exageradamente carregados de sal e gordura. Mas este aperfeiçoamento ainda está em estágios iniciais, sendo que a grande massa ainda toma refrigerantes açucarados e come hambúrguer com excesso de gordura.

Como o Brasil também apresenta diversidades semelhantes dos Estados Unidos e os mesmos problemas de obesidade estão se agravando, tornando-se quase uma calamidade pública, o que vem acontecendo em outros países deve ser discutido para que medidas antecipadas sejam aperfeiçoadas, visando a saúde das nossas crianças.