O Complexo Controle da Pesca do Atum Bluefin
4 de setembro de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: a variedade de atum mais apreciada para a produção de sushi no Japão, acordo internacional para pesca no Pacífico, metas flexíveis de conformidade com o aumento do estoque no mar
Um artigo de Takumi Sasaki foi publicado no Nikkei Asian Review informando que um acordo internacional foi estabelecido para a pesca do atum bluefin, também conhecido como rabino no Pacífico a fim de permitir o aumento do seu estoque no mar.
O atum bluefin do Pacífico é o mais apreciado pelos japoneses para a produção do sushi. Foto constante do artigo no Nikkei Asian Review
Um acordo internacional foi atingido no Conselho Internacional de Pesca para o controle da pesca do atum bluefin no Pacifico, no subcomitê que cuida deste Oceano, a fim de permitir que o estoque no mar seja elevado, evitando a extinção desta variedade. O limite de pesca foi estabelecido de forma flexível, dependendo do estoque estimado, com sua aplicação a partir de 2019, com regras extremamente complexas.
O Japão cortou a pesca do atum de dimensões menores que 30 quilos e estabeleceu um plano de longo prazo até 2034 visando atingir um estoque de 130 mil toneladas desta variedade de atum no Pacífico.
O acordo considerado aceitável por todos os países foi que a pesca fica limitada se os estoques não forem atingidos, mas permitindo o seu aumento na medida em que estejam sendo obtidos. O objetivo foi permitir as pescas de outros peixes sem o risco de extinção, o que foi aceito até pelos países mais inflexíveis sobre o assunto.
Os especialistas no assunto, acadêmicos de universidades japonesas, consideraram que o acordo atingido foi razoável e realístico, estimando que os preços do atum rabino não sofram elevações sensíveis nos próximos anos no mercado. Todos sabem que os japoneses estão intensificando a produção deste tipo de atum em fazendas de criação, aperfeiçoando o ciclo completo, desde a sua inseminação artificial.
Tudo indica que no caso do atum com grande consumo, os acordos estão sendo possíveis, o que não acontece com as baleias que despertam resistências acirradas e são de consumo bastante limitado, não se conhecendo técnicas para a sua criação.