Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

E-Commerce e sua Evolução no The Economist

27 de outubro de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: casos como do Alibaba e Amazon, crescimento assustador, cuidados com os oligopólios

clip_image002O The Economist informa em diversos artigos que grandes organizações de e-commerce como Alibaba e Amazon chegam a crescer 20% ao ano em suas vendas, aproveitando seus volumosos investimentos e tecnologias, mas alerta sobre a importância da concorrência, pois o varejo nos Estados Unidos é responsável por um de cada nove empregos naquele país e muitos estabelecimentos pequenos estão encerrando suas atividades.

Gráfico constante do The Economist, mostrando que na China o e-commerce tem um percentual sobre o total das vendas do varejo superior ao dos Estados Unidos

Estas organizações estão investindo de forma pesada no seu sistema de logística onde, além dos depósitos dos produtos que estão vendendo, contam com meios para a entrega rápida para os consumidores. Mas suas expansões estão ocorrendo também porque utilizam a Inteligência Artificial, com os dados de diversas origens que acumularam nas nuvens, com os quais sabem sobre seus consumidores e suas preferências, mais até mesmo do que os próprios compradores. Os cartões de crédito e outras formas atuais de pagamento eletrônico são os fornecedores de muitos destes dados que permitem estas organizações oferecer produtos que são habitualmente demandados pelos seus consumidores ao longo do tempo.

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Este gráfico publicado no The Economist revela em valores o que o e-commerce vem vendendo em alguns países, mostrando a China em primeiro lugar, seguido dos Estados Unidos e onde o Brasil aparecendo ainda com valores baixos

Ainda que já existam outras organizações para tentar competir com os dois gigantes, Alibaba e Amazon, o fato concreto é que eles contam com uma tradição estabelecida, principalmente na China e nos Estados Unidos, bem como condições para preservar suas vantagens relativas, contando com a confiança dos seus consumidores, incluindo a capacidade de entrega rápida do que foi adquirido dentro das qualificações anunciadas.

Evidentemente, eles fornecem notícias sobre as proezas que já conseguiram nas entregas rápidas. A Alibaba forneceu ostras vivas para os seus consumidores num volume gigantesco em toda a China e a Amazon que adquiriu a Whole Foods por US$ 13,7 bilhões, cadeia especializada em produtos orgânicos nos Estados Unidos, está entregando produtos perecíveis como frutas e legumes para os seus compradores. Há que se contar com um sistema logístico de elevada eficiência para estas operações.

É evidente que eles estão oferecendo a preços convenientes os produtos que estão sendo demandados pelos compradores, informando-os de forma eficiente aqueles que são mais desejados por eles, com base em informações adequadamente pesquisadas. As economias de escala favorecem estas empresas, mas costumam existir agências que evitam as concorrências desleais, como muitas operações casadas. O risco é que estas tendências exageradas de concentração nem sempre são neutralizadas de forma eficiente, pois nos casos de oligopólios muitos dos dirigentes destas agências governamentais acabam sendo induzidos por estas organizações.

No Brasil, há que se pensar em mecanismos aperfeiçoados que permitam o adequado controle para preservar as concorrências adequadas, aprendendo com países onde estes controles estejam funcionando adequadamente, pois as vendas online parecem ser mecanismos que chegaram para ficar.