Plano de Desenvolvimento Industrial da China
29 de novembro de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: desenvolvimento industrial chinês para 2018 a 2020, objetivo de se tornar competitivo internacionalmente, setores prioritários
Um artigo de Zhong Nan e Zou Shou foi publicado no China Daily informando que o governo chinês divulgou seu plano de desenvolvimento industrial para 2018 a 2020, onde pretendem se tornar competitivos no mundo.
Foto do trem maglev, que levita sobre os trilhos e pode chegar a 600 quilômetros por hora, publicada no China Daily.
A NDRC – Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma do governo chinês anunciou o seu plano de desenvolvimento industrial para o período 2018 a 2020, onde pretendem se tornar competitivos no mundo, incluindo trens de alta velocidade, navios de ponta, equipamentos de engenharia offshore, robôs industriais, veículos com novas energias, novos materiais, medicamentos biológicos e dispositivos médicos. Ainda que a China tenha 110 empresas na lista da Fortune 500, elas estão entre as bancárias e de seguros, infraestrutura, imobiliária e energia, voltadas principalmente para o mercado interno. Agora procuram chegar a empresas industriais para o mercado internacional.
A China espera conseguir que o trem maglev chegue a 600 quilômetros por hora, com sistema automático de direção e sinalização, bem como cargas a uma velocidade de 160 quilômetros por hora nos próximos três anos. No setor marítimo, espera chegar a navios de ponta, inclusive para defesa nacional, como equipamentos offshore, transportadores de contêineres de grandes dimensões, navios para explorações polares e instalações submergíveis para perfurações visando petróleo e gás.
Na área da robótica, quer chegar a programações autônomas, colaboração com seres humanos e atuação com dois braços até 2020. Serão utilizados para transportar, soldar, pulverizar tintas como uso no setor automotivo, processamento de metais, produtos farmacêuticos e químicos de alto risco.
Será criada uma base para demonstração dos equipamentos pesados para empresas de engenharia, pesquisa e desenvolvimento e fabricação em série, com todos os avanços tecnológicos. Segundo Shi Yong, do Instituto de Pesquisas de Informação, a China “precisa garantir que o investimento atual e maciço em tecnologia, incluindo a internet, a robótica e a realidade virtual, sejam alavancado em benefício de suas indústrias, ligando os a cientistas, engenheiros e empresários trazendo o melhor para suas fábricas”.
São coisas que o Brasil, como país emergente, teria que também promover, para continuar em condições de competir no mercado internacional de produtos industriais, que são os mais importantes para alavancar o resto da economia.