Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Plásticos Ecologicamente Convenientes

8 de janeiro de 2018
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais e Notícias | Tags: informações num artigo no Project Syndicate de autoria de Michael Stephen, os elevados custos dos bioplásticos, os OBP – Oxo-Biodegradable Plastics, os problemas dos produzidos de derivados de petróleo

clip_image002Um artigo importante de Michael Stephen, presidente da Associação de Plásticos Oxo-Biodegradáveis e diretor do Symphony Enviromental Techonologies, foi publicado no Project Syndicate, informando sobre esta relevante inovação nos plásticos.

Em todos os cantos nota-se a poluição dos plásticos que não se degradam

Os plásticos viraram um produto dos mais populares nos dias de hoje, sendo utilizados para diversos tipos de embalagens para líquidos como sólidos, na forma de sacos de baixos custos. Mas eles permanecem por décadas acabando por afetar a vida terrestre como aquática, absorvendo toxinas que chegam a afetar a cadeia alimentar. Ainda que existam algumas legislações no seu combate, na prática está se constatando a sua ineficácia, mesmo que alguns sejam reciclados. Também alguns países estão taxando estes produtos ou os proibindo completamente, mas com efeitos limitados.

Governos tentaram os bioplásticos que utilizam biomassa como a fécula de milho, mas são caros e consomem muita energia e ainda contêm muito óleo. E para a sua reciclagem há que se separar dos comuns. Acabou-se desenvolvendo o OBP – Oxo-Biodegradable Plastics, que decorre da introdução de um aditivo especial que é misturado com um polímero normal, que destrói a estrutura molecular do polímero no final de sua vida útil e permite a decomposição natural num ambiente aberto.

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Alguns produtos que estão usando a nova tecnologia OBP – Oxo-biodegradable Plastic

Segundo Ignacy Jakubowicz, professora dos Institutos de Pesquisa da Suécia e uma das principais especialistas em polímeros, os OBPs quando quebram o material muda completamente, com moléculas de hidrocarbonetos se tornando moléculas contendo oxigênio que podem ser assimiladas de volta ao meio ambiente.

As normas internacionais existentes exigem a prova de degradação e biodegradação e a confirmação de que não há metais pesados ou ecotoxidade. Enquanto os Estados Unidos e a Europa estavam adormecidos em soluções inovadoras, a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos proibiram a importação e a fabricação de plásticos convencionais para uma ampla gama de produtos e ambos exigem que os plásticos sejam atualizados com tecnologia OBP, que utilizam as mesmas máquinas dos convencionais.

Conseguiu-se um material barato e versátil, sem sujeitar o meio ambiente aos danos de impacto de longo prazo. Parece indispensável que países emergentes como o Brasil também passem a utilizar estas tecnologias.