Bancos Não Atraem Tanto os Universitários que se Formam
28 de fevereiro de 2018
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias
Como em muitas universidades no mundo, a Meiji, famosa no Japão, organiza para os alunos que estão no último ano um evento onde as empresas procuram selecionar os seus futuros funcionários. O que está se diferenciando é que os alunos estão menos interessados nos bancos.
Evento na Universidade de Meiji onde os formandos procuram as empresas onde desejam trabalhar. Foto constante do artigo no Yomiuri Shimbun
Até recentemente, os bancos atraíam a atenção dos formandos, mas para os que estarão se diplomando em 2019 está ocorrendo uma mudança significativa, pois os principais bancos japoneses estão programando a redução do seu pessoal. Neste ano, o número de estudantes reduziu-se substancialmente nestes eventos e os que procuram os bancos diminuiu para 16,2%, caindo 8,3% com relação a dois anos passados.
Os serviços de informação e internet estão aumentando os candidatos, notadamente de inteligência artificial e outras tecnologias, bem como materiais e química, seguidos de produtos de pesca e alimentos. As indústrias esperam conseguir os recursos humanos mais talentosos.
Esta mudança pode ser importante, pois até recentemente os bancos tinham melhor rentabilidade oferecendo carreiras que poderiam ser interessantes, uma distorção que ainda parece prevalecer no mundo. Mas tecnologias que ajudam a aumentar a eficiência do setor produtivo de bens parece que está começando a se tornar mais atraente, incluindo os serviços que estão ganhando maior projeção, fenômeno que chega até o Brasil.