Dificuldades Japonesas Com as Pescas
19 de março de 2018
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia e Política, Editoriais e Notícias | Tags: artigo no Japan News, da baleia ao atum rabilho, dificuldades japonesas com o controle das pescas, riscos de extinção | 2 Comentários »
Chega a ser inacreditável que os japoneses, com uma cultura que prioriza a preservação do meio ambiente, tenham tantas dificuldades no rígido cumprimento de medidas que afastem do risco de extinção de algumas espécies, como a baleia e o atum rabilho, que merecem a atenção da comunidade mundial.
Atum rabilho no mercado de Nagasaki. Foto constante do artigo publicado no Japan News
Nem todos sabem que o atum tem quase duas dezenas de variedades, sendo que a mais valorizada é o chamado bluefin (hon maguro), que chega a pesar cerca de 250 quilos cada e já é criado em fazendas. Os japoneses consomem muito do atum rabilho que chega a menos de 30 quilos e é pescado no Pacífico, onde as províncias de Iwate, Kochi, Hokkaido e Kagoshima têm relevância na sua pesca, com cotas existentes que são sempre ultrapassadas, ainda que sujeitas às multas e outras penalidades. Como nestas espécies são utilizadas redes de pesca que também são usadas para outros peixes, não impedem que os atuns rabilhos ainda em desenvolvimento também estejam envolvidos.
Tabela incluída no artigo do Japan News, que vale a pena ser lido na íntegra
Ainda que existam acordos internacionais, nem todas as espécies de atum estão envolvidas, notadamente com a participação dos japoneses. Algo semelhante também acontece com as baleias, que sofrem fortes resistências internacionais e não possuem mais importância econômica. Isto mostra que os costumes de consumo são difíceis de serem alterados, mesmo diante das possibilidades de extinção de determinadas espécies.
Os japoneses são os maiores responsáveis pela extinção dos atuns e baleias. Lamentável! Deveriam importar carne bovina do Brasil como suprimento de proteínas.
Cara Simone Aparecida,
Os seus desejos podem ser justificáveis, mas os japoneses preferem a carne australiana que é mais competitiva.
Paulo Yokota