Estardalhaços Envolvendo o Nome de Delfim Netto
9 de março de 2018
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias | Tags: com sua experiência acumulada ao longo de sua carreira pode ajudar a montar consórcios complexos para competir em concorrências públicas, investigações que acabam sendo distorcidas atingindo personalidades conhecidas, o professor Antonio Delfim Netto não trabalha no governo desde 2006
Todos os sites brasileiros importantes ressaltam a operação da Polícia Federal procurando nos endereços ligados ao professor Delfim Netto provas que o incriminem. Seus advogados se mostram tranquilos, pois ele não cometeu nenhum ato ilícito por não ser mais uma autoridade há anos, sequer um parlamentar, não havendo restrições legais para trabalhar prestando consultoria.
O professor Antonio Delfim Netto que com 89 anos continua trabalhando, além de manter colunas em alguns meios de comunicação social
Os advogados de Delfim Netto, Ricardo Tosto e Jorge Nerm, afirmam que os valores recebidos por ele são honorários de consultoria prestada efetivamente, em valores menores que os citados pela imprensa.
Projetos de grande magnitude como a usina de Belo Monte exigem empreiteiras com longas experiências em projetos complexos, havendo conveniência reconhecida que devam ser do setor privado, como atualmente perseguido pelo governo.
No passado, elas dispunham também de subsidiárias especializadas em projetos de engenharia e estudos de viabilidade econômica que permitiam que todos os dados indispensáveis para as concorrências fossem preenchidos, bem como para a sua execução.
Agora, além da redução em número e valores destas obras de infraestrutura, muitas grandes empreiteiras estão sendo envolvidas em investigações da Lava Jato, provocando a falta de estudos que permitam a adequada execução destes projetos. Nem sempre os preços mais baixos devem determinar os vencedores das disputas, por não contarem com grupos de profissionais capazes de executar estes projetos, que exigem tecnologias avançadas como na Usina de Itaipu.
Ainda que os empresários que cometeram irregularidades sejam punidos, com mecanismos como os utilizados com eficiência no exterior, podem preservar as empresas que tenham condições de executar novos projetos, comprometendo-se com as correções indispensáveis do seu comportamento.