Raras Exceções na Deterioração dos Jornais no Brasil
27 de março de 2018
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: artigo de Marli Olmos do Valor Econômico, envelhecimento da frota brasileira de automóveis, socorrendo-se das exportações
No quadro de deterioração da imprensa brasileira ainda existem honrosas exceções como da Marli Olmos, do Valor Econômico, especializada na indústria automobilística. A recessão está provocando um envelhecimento significativo da frota, como exposto no artigo de elevada qualidade.
Gráfico constante do artigo no Valor Econômico, que vale a pena ser lido na íntegra
Apesar de todos torcerem pela recuperação da economia brasileira, notadamente no seu setor industrial, a dura realidade é que a recessão atual está provocando um envelhecimento na frota de veículos utilizada no Brasil que se aproxima dos 10 anos. No passado, a sua renovação era mais acentuada, mas hoje a troca anual dos veículos é rara, quase uma exceção.
Os dados detalhados são de uma pesquisa realizada pelo Sindicato Nacional da Indústria de Componentes (Sindipeças), um levantamento que já se renova há 50 anos. Neste começo de ano, as vendas de veículos novos aumentaram em 19,5%. Os consumidores adiaram o quanto puderam a renovação dos seus veículos e espera-se que, com o início da recuperação e o aumento de financiamento a juros razoáveis, haja um aumento das vendas.
Na indústria de autopeças, os veículos mais velhos ampliam as reposições de peças, sendo que os caminhões sofreram mais com as precárias estradas brasileiras. Os estoques de caminhões e ônibus se mantiveram quase inalteradas, sendo menos velhas que as norte-americanas ou europeias.
Circulam no Brasil 43,37 milhões de veículos, com 73% nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Paraná. O que se pode verificar é que no Brasil a precariedade dos transportes ferroviários, fluviais e marítimos acabam concentrando no uso de muitos veículos. Tudo indica que a inspeção veicular deve ser mais intensa, para evitar os acidentes, ao lado do rigor com relação às horas e condições de trabalho dos motoristas.
Como tudo no Brasil, seria desejável que estas questões fossem tratadas com visões de prazo mais longo, pois as estradas brasileiras estão precárias para as suas necessidades.