Asiáticos Preferindo Universidades Regionais aos do EUA
15 de maio de 2018
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais e Notícias | Tags: artigo no Nikkei Asian Review, informações do World University Rankings of Times Higher Education, três escolas asiáticas entre as 30 primeiras no mundo
Um artigo de Mitsuru Obe publicado no Nikkei Asian Review informa que a mística das universidades norte-americanas entre estudantes asiáticos está em queda, com as regionais atraindo mais suas atenções. Três universidades asiáticas figuram entre as 30 consideras as primeiras.
Gráfico constante do artigo publicado no site do Nikkei Asian Review
Muitos fatores estão influenciando na decisão dos estudantes asiáticos preferirem universidades da região, como os custos comparados com os norte-americanos ou europeus, a distância de suas famílias, a segurança e até as instabilidades provocadas pelo governo Donald Trump com sua política anti-imigratória. Há que se considerar também que as universidades regionais melhoraram de qualidade, proporcionando cursos ministrados em inglês.
Estas mudanças já começaram a ocorrer antes do atual governo dos Estados Unidos. Entre 2014 a 2016, o número de estudantes asiáticos no Japão aumentou 36%, chegando a 173.303, e na China em 18%, passando para 264.976, segundo dados do governo japonês. Enquanto isto, nos Estados Unidos há uma pequena redução, com uma queda de 3,3% no ano letivo 2016-2017, segundo dados do Instituto de Educação Internacional de New York.
Estimativa do aumento ou redução de estudantes no exterior de alguns países até 2027
Os estudantes asiáticos que se dirigem para os Estados Unidos para estudar representam 2/3 dos mundiais, sendo 5% dos universitários do país, estimados em 20 milhões. A Coreia do Sul, que enviava muitos para os Estados Unidos, conta agora com universidades em inglês no próprio país. A Austrália é outro país que está atraindo estudantes estrangeiros, como também acontece com o Canadá.
Estudantes chineses e indianos aumentam na Austrália
O Brasil também continua enviando estudantes para os Estados Unidos, para a Europa e também para outros países que estão acolhendo estes jovens, como o Canadá e a Austrália, não se tratando de um fenômeno que difere muito do que está acontecendo no mundo.