Elevação Rio Grande no Atlântico
1 de maio de 2018
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia e Política, Editoriais e Notícias | Tags: artigo sobre o assunto no site de O Globo, pesquisa preliminar feita com os japoneses usando um submarino que chega a profundidade de 6.500 metros, promissor para minérios estratégicos
Este site vem publicando artigos sobre as potencialidades da chamada Elevação Rio Grande, uma área de profundidade relativa que vai do Sul do Brasil até a África, com base nas pesquisas iniciais feitas num acordo bilateral do governo brasileiro com o japonês. Agora, o artigo publicado no site de O Globo informa que o navio hidroceanográfico Vital de Oliveira, da Marinha brasileira, com pesquisadores do Serviço Geológico do Brasil, faz uma campanha de pesquisas com aval da Autoridade Internacional do Leito Marinho da ONU.
Elevação Rio Grande que se estende do Sul do Brasil até a proximidade da África, pelo oceano Atlântico
Possivelmente, ela faz parte da antiquíssima configuração do mundo, quando a América estava próxima da África, existindo possibilidade que sejam abundantes em minerais estratégicos. As amostras coletadas pelos japoneses indicam, no mínimo, minérios que poderiam ser utilizados para fertilizantes. Sua localização é adequada, pois na costa brasileira existem intensas atividades agrícolas que utilizam muitos destes fertilizantes. Mas o mais interessante seria a existência possível de terras raras que são utilizadas nas novas tecnologias. Seriam de telúrio, selênio, neodímio, índio, gálio, nióbio e tântalo, minérios que atualmente os chineses possuem um quase monopólio.
Este site noticiou que os japoneses localizaram expressivas reservas de terras raras no seu mar territorial, contando com tecnologias para a sua extração de grandes profundidades. Se a Elevação Rio Grande confirmar que estes minérios existem, suas localizações seriam em profundidades mais modestas, permitindo explorações de alto interesse econômico, mas ainda necessitam ser devidamente cubados.
Estas pesquisas precisam ser intensificadas e aceleradas, pois são possibilidades que o Brasil também tenha condições de competir na indústria automobilística de veículos elétricos e não poluentes, inclusive na produção de baterias de grandes potencialidades, que também poderiam ser utilizadas nas gerações de energia elétrica não poluente.
O próximo governo necessitará de fortes estímulos desenvolvimentistas para superar as dificuldades presentes que são assustadoras. Sem novas perspectivas, com tecnologias de ponta, parecem remotas as possibilidades que o Brasil volte a ser um país emergente que possa acompanhar outros como a China e a Índia.