Prioridade Para os Problemas Gerados Pelos Plásticos
26 de agosto de 2018
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais e Notícias | Tags: estudo para conhecer as gravidades dos problemas, falta de diagnósticos para estabelecer prioridades, problemas gerados pelo uso dos plásticos
Os indícios de gravidade dos problemas gerados pelos plásticos que não são biodegradáveis em todo mundo aparentam ser elevados, mas não existem dados científicos que possam proporcionar um diagnóstico razoável, deixando baixa a prioridade para o seu combate. O Japão inicia alguns trabalhos que exigem levantamentos minuciosos por longos períodos.
Esquema dos trabalhos a serem executados para conhecimento dos danos causados pelos plásticos fragmentados, constante do artigo publicado no site do Yomiuri Shimbun, que vale a pena ser lido na íntegra
Tudo indica que um dos problemas mais graves na atualidade no mundo não conta com um diagnóstico confiável, apesar dos indícios preocupantes, exigindo trabalhos urgentes para a avaliação adequada da situação, que são bastante demorados. Uma pesquisa efetuada pelo Ministério de Meio Ambiente do Japão mostrou que, no mar em redor daquele país, em cada metro cúbico de água encontrou-se 70 peças de plástico. Já são preocupantes os dados que mostram a formação de verdadeiras ilhas superiores aos territórios de muitos países no Pacifico, no Ártico e na Antártica.
O governo japonês, utilizando a sua JAMSTEC – Agência Japonesa de Ciência e Tecnologia da Terra Marítima, iniciou um projeto que deverá durar cinco anos, estendendo-se até 2022, para fazer um levantamento utilizando novas tecnologias para conhecer os microplásticos que estão alimentando as espécies marinhas que estamos consumindo, sem saber os danos que estão sendo provocados. Envolvem até sardinhas e mariscos encontrados em águas profundas.
Atualmente, pequenas amostras são extraídas do mar para serem estudadas nos laboratórios. Agora, com o uso de embarcações especiais, utilizando conhecimentos de inteligência artificial, deve-se detectar microplásticos de até 0,1 milímetros, analisando até 300 litros de água do mar por hora.
Todos estão utilizando plásticos em grande quantidade por serem mais baratos. No entanto, existem alternativas razoáveis como o uso de vidros que podem ser reutilizados, como no caso de bebidas. No passado, utilizava-se muitos sacos de papel para diversas finalidades, sendo resistentes, mas biodegradáveis. Parece indispensável e urgente que estas alternativas voltem a serem utilizadas, ao lado de plásticos biodegradáveis para alguns casos. O Brasil pode ser um país que pode contribuir de forma significativa no uso destas alternativas.