Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Garrafas Ecológicas de PET

11 de setembro de 2018
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais e Notícias | Tags: Danone e Nestlé se reúnem para produzir garrafas plásticas biodegradáveis a partir da celulose no Canadá, informação divulgada pela agência noticiosa AFG, oportunidade para o Brasil que é o maior produtor de celulose no mundo, Pepsico

Um dos maiores problemas que a humanidade enfrenta é a inundação de plásticos de diversos tipos, difíceis de ser absorvidos pela natureza. Formam-se grandes ilhas de plásticos não degradáveis no Pacífico e no Atlântico, assim como nos lixões, demorando imagemuito para serem absorvidos. Uma notícia distribuída pela agência noticiosa AFG informa que a Pepsico, Danone e Nestlé se reuniram para produzir garrafas biodegradáveis, utilizando basicamente a celulose.

Garrafas plásticas biodegradáveis da Naturall Garrafa Alliance, uma empresa conjunta da Pepsico, Danone e Nestlé

Todos sabem que entre os plásticos que continuam contaminando o mundo figuram muitas garrafas não biodegradáveis que demoram até séculos para ser absorvidas pela natureza. Com a junção dos esforços da Pepsico, Danone e Nestlé, espera-se que seus concorrentes também entrem na disputa deste mercado, fazendo com que não somente garrafas, mas outros plásticos também se tornem 100% biodegradáveis.

Já existiam projetos para tanto, mas a dimensão parece ser relevante no caso e somente as garrafas utilizadas para água, refrigerantes e outros assemelhados é um passo fundamental. Existem também os de vidros que podem ser reaproveitados.

Muitas destas garrafas plásticas são reaproveitadas com a sua fusão, mas os que mais dão na vista são as sacolas plásticas, mesmo que existam as biodegradáveis com custos substancialmente mais elevados. Como muitos produtos, principalmente os de origem vegetal, são acomodados nestas sacolas, inclusive nos supermercados, eles acabam servindo para acomodar lixos nas residências e escritórios. A legislação, inclusive tributária, poderia acelerar o uso dos biodegradáveis.

Deve-se lembrar de que quando ainda não existiam estas sacolas plásticas costumava-se usar os de papel ou papelão que atendem às necessidades, sendo biodegradáveis. As tecnologias existem, mas os custos são ainda elevados, o que pode ser suavizado pela escala.

O Brasil é o maior produtor de celulose, principalmente de fibra curta, como do eucalipto, contando com matéria-prima de custo competitivo internacionalmente. Com um mínimo de orientação governamental poderia se estimular a produção de grande escala de produtos de papel e papelão, que possam substituir os plásticos de origem petroquímica, mais difíceis de transformar em algo biodegradável.