Investimentos Chineses no Belt and Road Aumentaram
9 de outubro de 2018
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia e Política, Editoriais e Notícias | Tags: alguns países estão endividadas em excesso, não contam com recursos locais, o programa liderado pela China de Belt and Road aumentaram em 2017, retração dos Estados Unidos
Um artigo de Issaku Harada, publicado no Nikkei Asian Review, informa que os chineses estão aumentando os investimentos no programa Belt and Road em muitos países, pois os Estados Unidos não estão investindo com a alegação que estes países estão exageradamente endividados, ao mesmo tempo em que eles não contam com recursos próprios, dependendo cada vez mais da China.
Foto de um projeto ferroviário na Polônia financiado pelos chineses, dentro do programa Belt and Road, publicada no artigo no site do Nikkei Asian Review
Os chineses aumentaram em 30% os investimentos no exterior, dentro do programa Belt and Road em 2017, pois os demais países reduziram em 19% estes investimentos. Como consequência, os chineses acabam aumentando a sua influência em 64 países asiáticos e europeus, nesta nova versão da Rota da Seda, chegando a US$ 20,1 bilhões quando em 2015 era de US$ 18,9 bilhões. Não se sabe até quando a China terá condições de continuar aumentando seus investimentos. Os investimentos diretos estrangeiros no mundo estão diminuindo em 2018, ainda que até o ano anterior estivesse crescendo. Os Estados Unidos foram dos que mais reduziram este tipo de investimentos, abrindo espaço para os chineses, que aumentaram os mesmos em oito países, incluindo o Paquistão e o Laos de forma expressiva. Sri Lanka foi obrigado a arrendar seu porto de Hambantota para honrar os pagamentos de dívidas com os chineses.
A China investiu principalmente em infraestrutura, como portos e estradas, e pode estar acelerando os investimentos para compensar o rápido declínio dessa atividade nos EUA.
Aumento dos investimentos chineses em oito países
Muitos destes países estão se tornando dependentes da China. Laos já conta com 39% do seu PIB de investimentos chineses e o Tajiquistão de 22%. Evidentemente, o fornecimento de equipamentos e mesmo a prestação de serviços e de construção acabam ficando nas mãos dos chineses que estão substituindo outros países estrangeiros e até bancos internacionais de desenvolvimento.