Japão na Redução dos Resíduos Plásticos
15 de outubro de 2018
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais e Notícias | Tags: metas para realísticas para a sua redução no Japão, o urgente problema mundial, os resíduos plásticos viraram um dos maiores vilões da ecologia
Uma matéria distribuída pela agência Kyodo está sendo publicada em diversos jornais, entre eles o The Japan Times, informando que o governo japonês estabeleceu uma meta de redução dos resíduos plásticos em 25% até 2030. Ainda que pareça modesta, aparenta que é, no mínimo, realística, podendo ser acelerada pela iniciativa privada com a pressão da opinião pública.
Em todo o mundo, os resíduos plásticos viraram uma calamidade que está poluindo o meio ambiente, havendo a necessidade de se estabelecer metas para a sua urgente redução
Na reunião de cúpula do Grupo dos 20, realizada em Osaka, além desta redução, o Japão se comprometeu a estimular a produção de plásticos biodegradáveis. O Japão aparece no mundo logo depois dos Estados Unidos como um dos que mais utilizam embalagens plásticas que estão se proliferando nos mares por demorarem na sua degradação, alimentando peixes que, por sua vez, são consumidos pelos seres humanos. A intensificação do seu uso acelerou-se nas últimas décadas pelo seu baixo custo, substituindo outras fontes, como papel e vidro, que não tinham estes inconvenientes, por serem reutilizáveis e degradantes.
O Brasil é um dos países que mais produzem celulose, que antes era mais utilizado em sacos e outras embalagens. Também a produção de vidro para embalagens de bebidas que podem ser reutilizados ainda conta com grandes potencialidades. Ajudar a acelerar a redução do uso de plásticos não biodegradáveis parece ter uma elevada potencialidade no Brasil, ao lado dos plásticos biodegradáveis que ainda são de custos elevados.
Parece indispensável que nas vendas de diversos produtos no varejo os sacos plásticos devam sofrer restrições, pois acabam sendo utilizados para acomodar lixos de todos os tipos, quando nos lixões a sua absorção é extremamente demorada. No passado, se utilizava muitos sacos de papel, o que pode voltar a ser feito, utilizando a celulose derivadas as árvores reflorestadas.