Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

É Um Absurdo Norte-Americano Com Crianças Imigrantes

10 de outubro de 2018
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias | Tags: caso da criança de dois anos separada da avó, imigrantes crianças comparecem perante à Justiça norte-americana, tentativa de ouvi-la na corte dos Estados Unidos

clip_image002Não é aceitável que uma criança de dois anos tenha que comparecer sozinha à corte norte-americana para prestar depoimentos, separada da sua avó responsável, por ter sido considerada imigrante irregular. A notícia consta de um artigo do The New York Times mostrando que algo de muito errado está ocorrendo com o governo daquele país, que tem tomado medidas absurdas que chocam qualquer civilizado no mundo.

Fernanda Jacqueline Davila, hondurenha que compareceu sozinha à corte norte-americana para dar o seu depoimento. Foto publicada no artigo do The New York Times, que deve ser lido na íntegra

Algo de muito errado está ocorrendo nos Estados Unidos na sua tentativa de coibir a imigração, separando as crianças dos seus responsáveis adultos. A hondurenha Fernanda Jacqueline Davila, de dois anos, compareceu sozinha à corte norte-americana, desandando a chorar quando separada até da funcionária que para lá a levou, fazendo-a sentar numa poltrona, e perguntada se falava inglês ou espanhol. Trata-se de uma ação desumana, incompreensível para todo e qualquer civilizado no mundo.

Separar os menores de seus responsáveis adultos já provoca danos psicológicos que devem ficar marcados ao longo de suas vidas. Ser levado para uma corte para prestar depoimentos beira à insanidade das autoridades norte-americanas. Ninguém de sã consciência pode imaginar que uma criança de dois anos possa prestar alguma informação relevante para a questão que a afeta nos Estados Unidos.

Parece estar se acumulando um grande número de insensatez que exige que o mundo não permita absurdos desta natureza. Isto não pode ser considerado coisa de um país civilizado. Há que haver um protesto mundial que exija a mudança do tratamento destas crianças que são inocentes e não podem ser punidas por decisões tomadas pelos seus responsáveis.

Um mínimo de humanidade ainda deve restar no mundo. Ainda que os Estados Unidos venham acumulando irregularidades nos seus relacionamentos com cidadãos de outros países, quando se chega às crianças de dois anos há que se manifestar a inconformidade, para não ser considerado corresponsável por estes absurdos. Não é possível que tenhamos retrocedido nos padrões de seres humanos a este ponto.

Como estamos expressando a nossa inconformidade, esperamos que muitos outros e as autoridades brasileiras expressem nos fóruns internacionais que não podemos aceitar estas extravagâncias, que esperamos sejam reparadas rapidamente para não continuar a afetar outras crianças.