Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Brancos e Minoritários na População dos EUA

28 de janeiro de 2019
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias | Tags: artigo no The New York Times enfatiza a presença das mulheres e dos negros em escritórios de elite dos advogados, não diferenciam os asiáticos e latinos que são minorias importantes

clip_image002Um interessante artigo de Noam Scheiber e John Eligon, publicado no The New York Times, chama a atenção os 12 novos advogados deste ano 2019 do escritório Paul, Weiss, um dos mais importantes dos Estados Unidos e do mundo, sendo somente uma mulher e os demais homens brancos. Como estaria sendo consideradas as demais minorias daquele país, como os negros, asiáticos e latinos?

Uma publicação do escritório de advocacia que está instalada nas principais cidades do mundo, como Nova York, Londres, Tóquio, Toronto e Washington, entre muitos outras

Esta lista de 2019 pode ter sido uma coincidência, pois a Paul, Weiss estaria entre os que mais contam com mulheres que são em 23% de advogadas, contra os 18% das 200 principais concorrentes, segundo dados coletados pela ALM Intelligence. Também conta com seis parceiros afro-americanos com participação acionária, mais do que seus principais concorrentes. A Paul, Weiss possui 144 parceiros e cerca de mil advogados no seu total. Ter trabalhado nela é uma qualificação para outros postos em outras empresas.

O que parece, segundo dados do censo de 2010 daquele país, é que os brancos representam 60,7%, os negros 13,4%, os asiáticos 5,8% e os latinos 18,1%, havendo ainda os descendentes de indígenas. Possivelmente, os árabes estão misturados entre eles.

Ainda que as mulheres e os negros estejam destacados, fica-se em dúvida com relação aos asiáticos e latinos, onde também as empresas norte-americanas possuem atividades intensas nos países de suas origens. Existem muitas discussões sobre estas presenças de minoritários, até porque sua presença é elevada nos cursos superiores dos Estados Unidos, com destacado desempenho escolar na procura de mecanismos de ascensão social, inclusive no exterior.

Tudo indica que isto não acontece somente com os advogados, como também nas atividades de ponta de tecnologia e finanças, ainda que a participação feminina pareça em elevação. Mesmo que elas tenham problemas com os períodos de gestação e educação dos seus filhos. Também começam algumas discussões sobre os gêneros, com o destaque do grupo de gays.

Parece continuar havendo algum tipo de discriminação nas atividades paralelas aos trabalhos executados, como almoços e jantares. Também parece ocorrer algumas preferências nas companhias que poderiam proporcionar oportunidades de ascensão social, deixando alguns grupos minoritários com tendências de situações que geram sentimentos de isolamento.

Tudo indica que os mais jovens acabam procurando se empregar em outras empresas, diante do sentimento de menores oportunidades nas organizações de elevado prestígio. Sempre existem honrosas exceções, com alguns poucos que conquistaram posições de destaque, apesar de parte das minorias da população.

Como o mundo continua ampliando a globalização, apesar de muitos obstáculos, as grandes empresas de advogados também procuram firmar a imagem que as oportunidades dentro da empresa sejam idênticas. O que parece é que o assunto faz parte das atuais preocupações dos altos dirigentes destas empresas.