Capacidade Japonesa de Pesquisas Público-Privadas
1 de fevereiro de 2019
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia e Política, Editoriais e Notícias | Tags: comunicação subaquática eficiente sem fio, pesquisas da JAMSTEC com a Shimadzu, pesquisas minerais no mar
A Agência Japonesa de Ciência e Tecnologia no Mar – JAMSTEC já colaborou até com o Brasil para as pesquisas minerais no Atlântico. Possui capacidade de trabalhar em conjunto com empresas privadas desenvolvendo formas de comunicação sem fio no mar, como com a empresa japonesa Shimadzu, segundo artigo publicado no Yomiuri Shimbun.
Esquema para a tecnologia de comunicação eficiente sem fio no mar, publicada no artigo do Yomiuri Shimbun
O Japão, como um país com poucos recursos minerais em terra e cercado pelo mar por todos os lados, tende a intensificar as pesquisas de tecnologias que possam ser utilizadas para a localização de potenciais reservas de minerais no alto-mar, inclusive de petróleo, como no pré-sal brasileiro. Os japoneses esperam que em abril próximo já estejam no mercado com esta nova tecnologia.
A sua capacidade de pesquisas está concentrada nas atividades que possam ser aproveitadas pelas empresas privadas para usos comerciais, ainda que tenham origem no setor governamental como o Ministério de Defesa.
A Shimadzu espera vender drones sem fio que funcionam no mar, usando uma espécie de submarino de pequena dimensão, um cilindro de 15 centímetros de diâmetro com 30 centímetros de comprimento. Os dados de até 100 megabytes por segundo seriam possíveis até a distância atual de 10 metros, se esperado chegar a 100 metros na primavera japonesa de 2020.
Por enquanto, a comunicação ainda é instável quando a água está turva. A JAMSTEC está instalada na prefeitura de Kanagawa e a Shimadzu em Kyoto. Eles utilizam três tipos de feixes de laser semicondutores que passam pela água, azul, vermelha e verde, de acordo com as características da água do mar de cada local a ser pesquisado. As comunicações podem ser feitas com mergulhadores que estão pesquisando nos minérios no mar.
É possível que o Brasil venha a utilizar estas tecnologias em diversas áreas que apresentam boas perspectivas, como no pré-sal, Elevação Rio Grande, como até na foz do rio Amazonas.