Blocos Carnavalescos se Multiplicam em São Paulo
6 de março de 2019
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais e Notícias | Tags: ajustado à atual realidade brasileira, aumento substancial de blocos carnavalescos em São Paulo, custos baixos mesmo com alguns excessos, tanto em número como em dimensões
Quem mora na região de Pinheiros e Vila Madalena ficam impressionados com o aumento dos blocos carnavalescos que se registra neste ano. Não somente em número como em dimensão, acabam por criar também alguns problemas menores como de trânsito ou criminalidade.
Largo da Batata, não somente pela sua dimensão como a facilidade de acesso pelo transporte público, tornou-se um centro que atrai muitos blocos carnavalescos, até com dimensões elevadas
Houve um período em São Paulo que o Carnaval de rua era importante, mas com um número mais limitado de blocos como de seus participantes. Neste ano, apesar de muitas chuvas, eles se multiplicaram e a dimensão dos participantes aumentou muito. Com um custo relativamente baixo, existem muitos que até atendem às crianças com seus pais. Chega-se até a haver conflitos entre os membros de diferentes blocos, havendo necessidade de mudanças dos seus roteiros.
É evidente que uma metrópole como São Paulo apresenta muitas localidades que reúnem carnavalescos, desde a periferia como as regiões mais tradicionais como o bairro da Bexiga até a zona leste como norte, como também o Baixo Augusta. Suas origens eram grupos locais, mas hoje parece que os transportes públicos como o metrô também têm a sua importância, havendo participantes de outras áreas que utilizam estas facilidades.
O Baixo Augusta já se tornou tradicional
O fato concreto é que os desfiles das grandes escolas de samba se tornaram quase um espetáculo organizado, não facilitando a simples alegria dos carnavalescos, principalmente com os seus amigos. Aparentam eventos empresariais, exigindo grandes patrocínios.
Praça da República também tem espaço e facilidade de acesso
Pelo que está se observando, somando os muitos blocos paulistanos, pode-se chegar a um número de participantes que se rivaliza com o Rio de Janeiro, Salvador ou Recife. Os carnavalescos não parecem ter condições de sustentar viagens longas que são custosas, como de transporte aéreo e hospedagem. O que se espera é que também em qualidade cheguem mais próximos dos já tradicionais no Brasil, mantendo suas características próprias.