Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Idosos Precisam Trabalhar Mais Tempo nos EUA

22 de abril de 2019
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia e Política, Editoriais e Notícias | Tags: artigo de Suzane Woolley no site da Bloomberg, deficiências nas suas assistências, dobraram com relação a 1985, tendência também no Brasil

Mesmos nos Estados Unidos, o número de idosos que precisam continuar trabalhando dobrou em relação a 1985, dadas às fragilidades nas suas assistências sociais, planos inadequados de aposentadoria e elevação dos custos de assistência médica.

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Mesmo nos Estados Unidos, trabalhadores de mais de 65 anos voltam a trabalhar nas linhas de montagens de veículos

Quando em 1985 somente 10% dos idosos de mais de 65 anos eram obrigados a trabalhar para o seu sustento, hoje este percentual dobrou para 20%, diante dos aumentos de suas despesas com assistência médica, planos de aposentadoria inadequados e outras dificuldades. No Brasil, bem mais pobre, o governo cogita corrigir o déficit substancial da Previdência Social, obrigando com que mais idosos que já planejavam se aposentar tenham que continuar trabalhando para o seu sustento.

Por incrível que pareça, nos Estados Unidos os que contam com cursos superiores estão sendo os mais atingidos, procurando empregos. Chegam a 53% dos trabalhadores atualmente, quando em 1985 era de 25%. É verdade que, para muitos idosos, se conseguirem continuar trabalhando acaba sendo uma benção, pois conseguem manter a sua saúde mental, não se esclerosando com maior facilidade. Os dados dos Estados Unidos se baseiam nos divulgados pelo Bureau de Censos e do Bureau of Labor Statistics.

No Brasil atual, onde o desemprego é um problema muito grave, mesmo que a reforma da Previdência Social acabe exigindo continuarem no emprego por mais tempo para as aposentadorias, o mais provável é que idosos tenham dificuldades de contar com estes empregos. O dramático é que existe um forte desequilíbrio com os privilegiados do serviço público, quando os mais modestos do setor privado tendem a continuar desempregados, ao mesmo tempo em que a assistência médica tenda a continuar deficiente.

Os que puderem contar com planos de aposentadoria privados, ou acumular um patrimônio para a sua velhice, parece que seria o mais conveniente, pois contarem com a assistência de seus filhos ou parentes mais jovens não parece realista.

Ainda que do ponto de vista da economia nacional, como vem afirmando o atual governo, haja necessidade de uma reforma drástica da Previdência Social, se não houver uma justiça maior com relação aos mais modestos, os parlamentares podem apresentar mudanças na atual proposta, pois se informa que existem detalhes que ainda não são conhecidos na proposta oficial que podem prejudicar as negociações que estão ainda sendo efetuadas no Congresso.