Japão Pensa Proibir Fornecer Gratuitamente Sacos Plásticos
5 de junho de 2019
Por: Paulo Yokota | Seção: Ecologia, Economia e Política, Editoriais e Notícias | Tags: medidas drásticas apesar dos custos, medidas muito limitadas, sacos plástticos biodegradaveis ou de papel
Uma noticia da agência noticiosa Kyodo foi publicada no Japan Today informando que as autoridades japonesas cogitam proibir o fornecimento gratuito dos sacos plásticos pelas lojas de varejo. A medida parece muito modesta diante do problema mundial de inundação dos sacos plásticos que provocam dificuldades de todas as ordens na poluição do meio ambiente.
Uma cliente sai da loja com diversos sacos plásticos que vão aumentar a poluição
Diante da magnitude dos problemas mundiais com os sacos plásticos, a cogitação japonesa parece demasiadamente modesta. Existem alternativas como os plásticos biodegradáveis e sacolas de papel que. apesar de mais custosos, parecem indispensáveis diante das gigantescas dificuldades. Os Estados Unidos são os primeiros que contribuem para a poluição e o Japão o segundo. Mas o Brasil poderia estimular o uso de sacos de papel, como já está ocorrendo em algumas lojas.
O Brasil é um grande produtor de celulose que pode ser usado em tais embalagens e, na medida em que a escala do seu uso seja elevada, seus custos podem ser reduzidos. Também existem os plásticos biodegradáveis cuja utilização deve ser incentivada.
A solução tecnológica já existe, sendo um problema de custo. Mas as dificuldades existentes já chegaram a ponto dos microplásticos estarem sendo encontrados nos alimentos que consumimos e até na água que bebemos. As quantidades de peixes e outros frutos do mar que consomem estes produtos chegam a ser alarmantes.
Como o problema se reduz em questão de custo, parece que o ritmo de aumento do seu uso vai acabar provocando um clamor público mundial. Os países, como o Brasil, poderiam liderar um movimento universal neste sentido, beneficiando-se com a produção de produtos biodegradáveis.
A magnitude do problema não permite considerar soluções paliativas. Há que se considerar soluções radicais na defesa da humanidade. Estamos lidando com grandes problemas de saúde pública que atinge todo o mundo.