Depois da Tempestade a Esperança de Bonança
1 de julho de 2019
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia e Política, Editoriais e Notícias | Tags: bilionário filantropo de grande importância, empresário de sucesso, foi ótimo prefeito de New York, uma possibilidade de Michael Bloomberg suceder a Donald Trump
O mundo está cansado de dirigentes mal preparados e a esperança é que Michael Bloomberg acabe aceitando enfrentar Donald Trump nas próximas eleições para a Presidência dos Estados Unidos. Com sua capacidade e visão de longo prazo é possível que não seja na próxima eleição, mas na seguinte. Mas ele nega que seja candidato, apesar de ser duro crítico do atual Presidente dos EUA.
Michael Bloomberg, um bilionário potencial candidato a Presidente dos EUA.
Uma matéria de Natalia Gómez do Seu Dinheiro reproduzido no site do Estadão trata dos dez maiores bilionários do mundo, e Michael Bloomberg aparece no nono lugar. Mas ele é dos mais conhecidos por controlar o grupo Bloomberg que está presente em 120 países com 20 mil funcionários, inclusive no Brasil, e ter sido prefeito de New York de 2002 a 2013, onde fez uma administração de grande destaque.
Ele nasceu em Massashusetts em 1942 numa família de classe média, efetuou estudos de engenharia mecânica na Universidade Johns Hopkins e pagou os estudos com crédito universitário, tendo trabalhado como atendente de um estacionamento. Fez posteriormente o MBA da Universidade de Harvard, tendo sido contratado pela Solomon Brothers. Quando aquele banco foi vendido recebeu uma indenização de US$ 10 milhões, que investiu na sua empresa Bloomberg que fornece informações para aqueles que atuavam no mercado financeiro. Foi quando tive o prazer de conhecê-lo pessoalmente no escritório na Park Avenue, New York, que impressionava pela quantidade de computadores e outros meios eletrônicos, mais do que recursos humanos, em meados da década dos oitenta do século passado. Hoje seu patrimônio está estimado em US$ 55,5 bilhões.
No setor público só recebia US$ 1,00 como prefeito de New York e todas as suas despesas como o uso de helicóptero ou avião a jato era bancado por ele mesmo. Ele gastou, do próprio bolso, US$ 5 milhões para renovar a residência oficial de prefeito. Entre suas bandeiras está o controle da venda de armas, direito das mulheres e questões de mudanças climática, uso do cigarro em lugar público, venda de refrigerantes em tamanho grande, com mais áreas verdes e ciclovias. Portanto, o oposto do Donald Trump, mas seus críticos afirmam que no período a distribuição de renda nos Estados Unidos piorou, o que depende mais do governo federal.
Ele atua como filantropo nas áreas da saúde pública, arte, cultura, meio ambiente, educação e inovações governamentais. É tudo que os governos necessitam apoiar. Ele se diz não candidato, mas atua fortemente contra o atual governo norte-americano, organizando a oposição com muita paciência.
Não é somente os Estados Unidos está necessitando de candidatos como Michael Bloomberg, mas também o Brasil e o resto do mundo para se livrar de dirigentes aventureiros e populistas, mal preparados.