Operações de Empresas Automobilísticas Japonesas
29 de agosto de 2019
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias, Tecnologia | Tags: carros elétricos e sem motoristas, entendimentos passados com a Mazda e a Subaru, Toyota operando em conjunto com a Suzuki | 4 Comentários »
A imprensa japonesa está anunciando trocas de ações da Toyota com a Suzuki visando intensificar operações conjuntas de tecnologias de carros elétricos e sem motoristas. Já ocorriam operações com a Mazda e a Subaru, tendendo a formar grandes grupos para competir no mundo.
Trocas de ações da Toyota e da Suzuki visando pesquisas tecnológicas para veículos elétricos e sem motoristas
A Toyota já vinha operando com a Mazda e a Subaru com o mesmo objetivo, indicando uma tendência para a formação de um grande grupo, visando competir com grupos de outros países.
Automóveis da Toyota, da Suzuki, da Mazda e da Subaru em conjunto
Tudo indica que a formação de um grande grupo das principais indústrias automobilísticas japonesas é uma tendência, para poder continuar competindo com grupos de outros países, começando na Ásia, mas estendendo-se pelo resto do mundo. As dimensões se tornam relevantes e os investimentos em tecnologias são elevados e indispensáveis, não podendo ser suportados por empresas de médio porte. Também o tempo necessário para a introdução destas novas tecnologias acaba sendo longo. A experiência da Nissan e da Mitsubishi Motors com a Renault também parece ter indicado que as diferenças culturais acabam sendo relevantes nestas operações conjuntas, recomendando que entre as empresas japonesas seja um pouco mais fácil, mesmo apresentando as dificuldades naturais.
É o DESESPERO da Toyota comprando rivais menores e sem relevância do Japão para poder brigar com a poderosa VW. A Alemanha é imbatível!
Caro Aldair Gomes,
Obrigado pela sua opinião. Parece que todos enfrentam suas dificuldades.
Paulo Yokota
O conservadorismo da Toyota garante sempre um público cativo, mas com uma renovação muito lenta. Já no caso da Suzuki, como está cada vez mais especializada em veículos pequenos e recentemente tomou uma decisão ao meu ver equivocada de parar totalmente a produção de modelos com motor Diesel, tem alguma dificuldade para fazer um bom volume de vendas na Europa mesmo focando numa hibridização leve que já é suficiente para assegurar alguns benefícios na Espanha. E com exceção da Índia onde a operação com a Maruti se destaca, servindo também como hub de exportação até para o Paraguai e o Uruguai, não me parece ter uma organização muito boa das operações estrangeiras. O fato de ter se associado no Brasil com o grupo Souza Ramos, que está concentrando todos os esforços no segmento de veículos 4X4 tanto com a Suzuki quanto com a Mitsubishi, me parece dificultar uma presença de mercado maior que poderia ser alcançada também com os modelos mais generalistas oferecidos por exemplo no Uruguai como a minivan Ertiga e o subcompacto Celerio, ou o Baleno que na Índia também é vendido como Toyota Glanza.
Caro Daniel Girald,
Obrigado pelo seu comentário. Acredito que todas as empresas automobilísticas do mundo passam por um período difícil de adaptação.
Paulo Yokota