Avanços Significativos no Tratamento do Câncer até no Brasil

1 de setembro de 2019
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias, Saúde | Tags: diferenciação dos diversos tipos de câncer, o elevado custo ainda não permite o atendimento pelo SUS, suplemento sobre o assunto na Folha de S.Paulo | 2 Comentários »

O suplemento da Folha de S.Paulo que trata da medicina de precisão contra o câncer apresenta um quadro otimista do ponto de vista científico, mas alerta que os custos dos equipamentos indispensáveis ainda só permitem os atendimentos de pacientes privilegiados, não podendo ser estendido a todos por sistemas como do SUS – Sistema Único de Saúde. Mas há esperanças que os casos mais frequentes possam ser curados, para esta doença que mais preocupa a população brasileira atendendo os pacientes e seus familiares.

Foto do seminário da Folha de S.Paulo sobre medicina de precisão contra o câncer, constante do suplemento publicado, que vale a pena ser lido na íntegra. O evento foi patrocinado pelo Hospital Sírio Libanês, mas contou com outros privados como o Albert Einstein, além dos públicos

Quando no passado o diagnóstico de câncer num paciente era algo muito dramático. Hoje, dependendo dos muitos variados tipos, os mais frequentes, como os de mama das mulheres ou de próstata dos homens, apresentam percentuais elevados de cura. O seu avanço continuo depende das pesquisas e das instituições oficiais, como a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, do INCA – Instituto Nacional de Combate ao Câncer, A.C. Camargo, Hospital do Amor (antigo Hospital de Câncer de Barretos) e outros.

A preocupação mais evidente é que partes importantes destes avanços dependem de recursos governamentais, tanto para a pesquisa como o intercâmbio internacional com centros que estão avançando rapidamente em todas as medidas de combate precoce do câncer, nos seus mais variados tipos. O atual governo espera que o setor privado supra partes do que deveria ser oficial, principalmente para atender os menos privilegiados.

Como quase tudo na medicina de ponta, os equipamentos indispensáveis são custosos e o setor público tem evidentes limitações que nem sempre podem ser supridos pelo setor privado, que necessita custear suas operações. Muitos tratamentos conhecidos estão acima dos custos suportáveis, mesmo por pacientes privilegiados.

Mas a esperança é sempre a última que morre e sempre existe a perspectiva que os custos dos tratamentos tendam a se reduzir com o tempo, com a sua maior generalização, notadamente no intercâmbio com o exterior. O assunto chama a atenção de muitas vitimas que acabam pressionando as autoridades que são também sensíveis, mesmo com suas limitações. E existem também as instituições filantrópicas que hoje não estão sendo privilegiadas pelas autoridades, mas que sempre desenvolveram trabalhos relevantes, com a ajuda até de muitos voluntários.