Uma Exceção Brasileira Chamada OSESP
3 de outubro de 2019
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais e Notícias | Tags: 132 concertos previstos, anúncio da programação da OSESP para 2020, centrado em Beethoven que comemora 250 anos do seu nascimento, novo regente titular Thierry Fischer, reduzindo seus preços
Mesmo na crise por que passa o Brasil, algumas tradicionais atividades culturais prosseguem, com sacrifícios, para mostrar que um país vive do conjunto de todas as suas muitas frentes. Com patrocinadores já consagrados, uma programação que fica reduzida em alguns concertos, procura-se manter a sua qualidade, com a consciência de que novos frequentadores da Sala São Paulo precisam ser cultivados, principalmente os mais jovens.
Como todos sabem, uma antiga estação ferroviária foi adaptada para a construção da atual Sala São Paulo, sede da OSESP – Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, que goza de prestígio internacional
Os abnegados dirigentes da OSESP, com destaque para o diretor artístico Arthur Nestrovski, o diretor executivo Marcelo Lopes e o novo regente titular, maestro Thierry Fischer, conseguiram montar uma programação digna para a temporada de 2020, que contará com 132 concertos previstos de diversos tipos como sinfônicos, de câmera e do Coro da OSESP. Eles prometem que os ingressos sofrerão uma redução de 9% a 17%, ainda que, por não existir milagre, muitos deles ficarão mais simples. Mas somente a programação dos 250 anos do nascimento de Beethoven já cria uma elevada expectativa de sua qualidade, que deverá ser enviada para os assinantes tradicionais nos próximos dias.
O novo regente titular da OSESP, o suíço Thierry Fischer
A ex-maestra regente titular da OSESP, Marlin Alsop, agora regente titular da consagrada mundialmente Sinfônica de Viena, terá ainda uma participação importante, devendo reger a Nona Sinfonia de Beethoven em dezembro deste ano. Um concerto imperdível.
A maestra Marin Alsop, ex-regente titular da OSESP, nova regente titular da consagrada mundialmente Orquestra Sinfônica de Viena
O que é possível destacar é que no lamentável deserto cultural que predomina no atual governo federal brasileiro, São Paulo continua mantendo a sua bandeira erguida, mesmo com todos os sacrifícios. É quando, sem patriotada, sente-se orgulho de ser brasileiro e paulista.