As Muitas Formas de se Referir às Mulheres no Japão
28 de novembro de 2019
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais e Notícias | Tags: artigo publicado no Japan Today pelo Savvy Team, formas de se referir às mulheres no Japão, uma sofisticação que também acontece em outros países
Hoje, mais do que nunca, existem formas de se referir às mulheres e todo o cuidado é indispensável para não se cometer uma gafe. O mais comum é a expressão “onna” em japonês, mas existem muitas outras mais sofisticadas e qualificadas, que exigem cuidados e conhecimentos para o seu uso. Um artigo publicado pelo The Savvy Team no Japan Today trata do assunto.
“Onna” é a forma mais genérica de se referir em japonês à mulher, mas isto exige algum cuidado com seus complementos. Foto publicada no artigo do site do Japan Today
A expressão “onna” pode também incluir estupidez, sexualidade e tempero, como “baka onna” (mulher estúpida), “hidoi onna” (mulher cruel), “ii onna” (mulher chique), entre outras qualificações. O artigo sugere também “fujin” (que pode ser traduzido por madame ou lady), referindo-se à esposa de uma personalidade.
Também se usa a expressão “josei” (jovem, ainda que tenha uma ligeira conotação sexual, no sentido positivo). Refere-se usualmente a uma figura moderna, que esteja trabalhando numa organização ou de forma independente.
Foto que ilustra uma “josei” no artigo no Japan Today
Também se utiliza “ojosan/ojosama” (que em português seria uma adolescente), pouco experiente ou inocente, como apresentada na foto abaixo.
“Ojosan” que ilustra a matéria no Japan Today,
No Japão, costuma-se chamar “okusan” (dona de casa), mas com isto supõe-se que ela seja casada. No Brasil, alguns vendedores de lojas ou feiras, querendo ser gentis, costumam chamar as freguesas de “obasan” (tia ou mais idosa), quando algumas se consideram ofendidas, principalmente as que se acham mais jovens. Um cuidado exigido dos brasileiros é que as “gueixas” (cortesãs) sejam confundidas com profissionais do sexo, quando são artistas de alto nível de longos e cuidadosos treinamentos, como de danças, músicas, psicologia dos convidados etc., sendo que seus serviços em jantares são extremamente custosos.
Estas diferenças também são importantes no Brasil, havendo conotações regionais que podem ser ofensivas como “moça”, que pode ser interpretada como prostituta. “Senhora” pode ser genérica para as mulheres, mas também existem os que interpretam com um pouco mais idosa. É verdade que os jovens estão se tornando mais informais, mas existem algumas autoridades que fazem questão de serem chamadas “excelências”, como entre parlamentares e juízas.