Necessidade de Medidas Drásticas

18 de março de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias, Saúde | Tags: casos asiáticos, irresponsabilidades de algumas autoridades brasileiras, os resultados europeus | 2 Comentários »

Os atuais resultados que estão sendo obtidos no combate à coronavírus no mundo indicam que, quando se envolve o interesse público, algumas medidas drásticas que chegam a afetar o interesse individual necessitam ser prejudicados. Notadamente, quando os mais idosos e frágeis acabam sendo atingidos.

O coronavírus, que começou a se propagar a partir da China, está sendo controlado na Ásia e hoje está se espalhando pelo mundo a partir da Europa

Algumas críticas foram formuladas pelas medidas drásticas tomadas pela China e outros países asiáticos, como Cingapura, no combate à propagação do coronavírus. Ainda que isto tenha restringido alguns direito individuais, hoje também os países europeus considerados tradicionalmente democráticos estão adotando medidas que impedem o direito de ir e vir livremente. Consideram que os direitos coletivos e mundiais são mais relevantes, pois, além dos problemas médicos, também estão afetando as economias, as culturas e outros aspectos sociais. A crise se tornou mundial, mesmo que existam esperanças que estes vírus se comportem de forma diversa no mundo tropical.

No caso brasileiro, algumas autoridades estão sendo criticadas por não adotarem as cautelas que estão sendo recomendadas pelos setores médicos, servindo como maus exemplos. Interesses políticos e até religiosos estão predominando no combate eficiente da propagação destas doenças, chegando ao limite do razoável. O dramático é que os idosos e os fragilizados pelas mais variadas razões estão mais sujeitos a até chegarem a morte, notadamente pela falta de equipamentos e de adequado isolamento.

Parece que a racionalidade está passando para o segundo plano no Brasil, havendo outras razões predominando nestas atitudes que podem ser consideradas irresponsáveis. Parece que haveria possibilidade de se aproveitar da experiência internacional para minimizar os efeitos deletérios deste coronavírus e medidas paralelas que já provocam uma nova crise mundial.

Já enfrentamos problemas demais e devemos reduzir a necessidade de alocação de recursos escassos na atual economia brasileira no combate à propagação desta praga.