Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Dificuldades Para Admitir Erros Cometidos

5 de junho de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias, Saúde | Tags: comparação com outros países escandinavos, Estados Unidos e China atribuindo dificuldades a outros países, o Brasil persistindo em seus erros, Suécia admite ter errado não adotando o isolamento

Um artigo de David Keyton da Associated Press de Estocolmo, reproduzido em português pelo Valor Econômico, admite que o epidemiologista chefe da Suécia errou por não adotar o isolamento, comparando com o que ocorreu em outros países escandinavos, com a Dinamarca.

image

Gráficos constantes do artigo reproduzido no site do Valor Econômico, que vale a pena ser lido na sua íntegra

No combate ao coronavírus, a Suécia não obteve sucesso como a Dinamarca, ficando com contaminações e mortes das mais altas no mundo. Jair Bolsonaro se confundiu mencionando que a Suécia obteve sucesso e que o Brasil deveria fazer algo parecido. Mas o nosso país está ameaçado a registrar mais contaminados e mortes no mundo, posição que ainda está sendo ocupada pelos Estados Unidos, que insiste que a culpa por esta posição se deve aos erros da Organização Mundial da Saúde e da China.

Muitos países insistem em atribuir aos outros as dificuldades pelas quais estão passando. A China adota uma política dura em relação a Hong Kong, o que pode provocar problemas graves, quando o recomendável seria conviver com o uso de dois sistemas econômicos, como também com Taiwan.

Também no Brasil, em vez de reconhecer os erros que continuam sendo cometidos, que podem levar o país a resultados negativos dos mais elevados do mundo. Quanto antes for reconhecido os erros cometidos, os sacrifícios dos brasileiros serão menores, pois ressaltar as divergências da polarização políticas em nada ajuda nas soluções dos gravíssimos problemas existentes que chegam a ameaçar até a continuidade da atual administração, que consumirá um desgastante processo por muito tempo.

O que seria desejável é que o bom sendo prevaleça, admitindo que os problemas de saúde devem ficar com os especialistas, ainda que existam muitas outras limitações. Encher o Ministério da Saúde com militares não parece ser das soluções mais adequadas.