Experiência Japonesa no Combate ao Coronavírus
26 de junho de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias, Saúde | Tags: aperfeiçoamentos que foram feitos, as causas dos bons resultados obtidos no Japão, contraste com o Brasil, uma avaliação de um artigo publicado no site da Bloomberg, uso dos 450 centros criados há quase um século para combate à tuberculose | 2 Comentários »
A jornalista Lisa Du publicou um interessante artigo no site da Bloomberg explicando as causas dos bons resultados obtidos no Japão no combate ao coronavírus, onde apenas cerca de 18 mil infecções foram registradas. Isto contrasta fortemente com os dados brasileiros que já superou mais de um milhão de pacientes. Eles utilizaram os 450 centros de saúde públicos criados nos anos 30 do século passado para o combate à tuberculose, que foram se alterando ao longo do tempo, e agora são utilizados de forma eficiente no combate à atual pandemia, algo parecido com o SUS – Sistema Único de Saúde dos brasileiros.
Centros de saúde públicos no Japão
Estes centros de saúde públicos no Japão atendem normalmente os recém-nascidos, os idosos, concedem licenças para o funcionamento dos restaurantes, investigam abusos cometidos contra as crianças e se preocupam com as intoxicações alimentares. Um amigo, idoso, sentiu-se mal no hotel que eu usava e em poucos minutos uma ambulância veio apanhá-lo para levar a um centro próximo, sem nenhum custo. Quando o coronavírus chegou ao Japão, passaram a cuidar dos possíveis infectados.
Estes centros estão adequadamente equipados, contando com profissionais de saúde para algumas eventualidades. São sustentados pelo governo que os dotam dos recursos indispensáveis, quando no Brasil nem sempre se conta com o necessário, o que faz uma diferença significativa.
Atualmente, o Japão já está devidamente preparado para uma possível segunda onda do coronavírus. Como na maior parte dos países, as autoridades locais dão grande prioridade à pandemia do coronavírus, o que, infelizmente, não acontece no Brasil, onde o governo não considera uma calamidade de grandes proporções.
Naquele país, procede-se o rastreamento das vítimas para que as pessoas sejam alertadas sobre os possíveis riscos de contaminação e processa-se os testes intensivos de todos que tiveram contato com os afetados, mesmo que eles sejam assintomáticos. O que vem acontecendo no Brasil não se verifica mesmo nos países considerados pobres, que não estão adequadamente aparelhados para atender a toda a população.
O seu blog é muito confiável. Felizmente, ainda há material de boa qualidade na internet.
Caro Adailton F. Furtado,
Obrigado pelo seu comentário Vamos continuar a nos esforçando para atender as suas expectativas.
Paulo Yokota