Exagerada Parcialidade da Televisão
30 de julho de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias, Imprensa | Tags: a Globo e a Record, artigo de Mauricio Stycer na Folha de S.Paulo, crítico de televisão, problemas da coronavírus e tempos destinados para o tema | 4 Comentários »
Um artigo publicado por Mauricio Stycer, crítico dos programas de televisão, na Folha de S.Paulo, trata da parcialidade de dois canais de televisão, a Globo e a Record, baseados na programação do último domingo à noite. O programa Fantástico, da Globo, teria dedicado 32 minutos, ou seja, 22% do programa para tratar do problema da coronavírus e suas consequências, o que tem sido apontado como parcialidade contra o governo. Na Record, no Domingo Espetacular, 12 minutos ou 5% do tempo teriam sido dedicados ao que está acontecendo na Nova Zelândia no que se trata desta pandemia, que tem proporcionado bons resultados, que poderia ser considerada uma parcialidade a favor do governo.
Mauricio Stycer, um crítico dos programas de televisão
Ainda que os órgãos da imprensa, incluindo a televisão, possam ser considerados em todo mundo como um instrumento que tenha suas preferências partidárias, parece que haver um razoável equilíbrio seria conveniente para a população. Mesmo sendo contra as posições do governo, o que elas tenham de positivo também merecem ser veiculados. Também muitos órgãos da imprensa estão recebendo muitos recursos do governo que os selecionam para veicularem suas publicidades. O que parece conveniente é que não somente a Nova Zelândia, mas muitos países asiáticos tenham divulgados o que estão fazendo para colherem resultados bem diferentes do que tem acontecido no Ocidente, com destaque nos Estados Unidos e no Brasil. Agora, a Índia, ainda que asiática, está entrando neste grupo com grande destaque.
Com as atuais limitações do governo brasileiro, também as autoridades precisam ser informadas o que vem funcionando adequadamente em outros países no combate à atual pandemia do coronavírus. É um assunto vital para a população brasileira que continua enfrentando níveis elevados de contaminação, com muitas mortes que atingem as famílias.
Os canais de televisão são concessões governamentais e necessitam pensar no país como um todo e não em governos eventuais que estão disputando as possibilidades de reeleições. A polarização que se observa hoje não parece conveniente para o Brasil, sendo recomendável que haja maior equilíbrio pensando num horizonte de prazo mais longo, pois, bem ou mal, o país continuará existindo. Espera-se que haja menos sacrifícios de vidas e sofrimentos, o que poderia ser conseguido adaptando para os brasileiros o que de bom vem sendo feito em alguns países. E a imprensa é fundamental para tanto.
Ótimo texto e, de fato, a Globo é “metralhadora” no Bolsonaro o tempo todo. A Record, com certeza, faz o inverso.
Nem a Globo e, muito menos, a Record são emissoras “santas”.
Caro Juliano Gonçalves de Almeida,
Obrigado, mas também existem que interpretam de outras formas.
Paulo Yokota
Meus parabéns! Excelente artigo!
Cara Rafaela Miranda de Paula,
Obrigado. Existem muitos que dão outras interpretações.
Paulo Yokota